Coluna da terça | Numa guerra de argumentos, Raquel e Miguel tentam unidade
Nesta etapa da pré-campanha é natural que os principais atores da cena política conversem e busquem um entendimento. Aliados de Raquel Lyra e Miguel Coelho confirmaram essa tentativa de unidade. O grande problema é a guerra de argumentos. Ambos têm uma lista que defendem seu próprio projeto. Uma verdadeira guerra de argumentos.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo disse que defende um “canal de diálogo permanente” e apontou uma saída, durante a coletiva, “temos que sentar à mesa compartilhando do mesmo do mesmo desprendimento. Não pode só um lado ceder. Torço por essa unidade”.
Em recente entrevista, o deputado Fernando Filho, irmão do pré-candidato Miguel Coelho, reafirmou o diálogo com Raquel Lyra. Porém, fica claro que eles só aceitam a aliança se Raquel quiser ser a senadora de Miguel. Um outro movimento está fora de cogitação. Do jeito que vai essa unidade fica mais distante de se materializar.
ALIANÇA - Ao confirmar a aliança com Marília Arraes, André de Paula foi lançado senador da chapa e declarou voto em Lula. André revelou que vai trabalhar para que o PSD libere os diretórios na escolha do presidente. Uma ala do partido quer Bolsonaro e outra um alinhamento com Lula.
REAÇÃO - A disputa pelo Senado já começou com tudo. Após confirmar que vai votar em Lula, André levou a primeira alfinetada da eleição. Seu oponente na disputa, o ex-ministro Gilson Machado disse que “Marco Maciel está se revirando na tumba”, fazendo alusão a aliança com a esquerda e o voto lulista. Ambos dialogavam teoricamente com o mesmo eleitorado.
LIGANDO OS MOTORES - A Frente Popular mostrou de 2006 pra cá que sabe fazer eleição. Já são 16 anos governando Pernambuco. A agenda 40 em Nazaré e as andanças ao lado do prefeito João Campos é a prova que os motores começaram a serem ligados para alavancar o nome de Danilo Cabral.
RECALL - O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) vem trabalhando discretamente para ser o senador da chapa de Raquel Lyra. Ele aparece muito bem nas pesquisas de hoje pelo recall de ter já ocupado o posto e também pelas sucessivas disputas ao Governo. A maior dificuldade dele é quebrar a barreira na cabeça do eleitor de ter perdido duas eleições consecutivas.
PINGA-FOGO: A disputa pelo Senado terá um capítulo extra na campanha deste ano?