Coluna do sábado | Jogo de cena de Paulinho pode atrapalhar Marília
Após ser hostilizado com uma sonora vaia durante evento das centrais sindicais ao lado do ex-presidente Lula, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, fez dois movimentos bruscos. Cancelou o evento no qual iria declarar apoio a Lula, que ocorreria no dia 3 de maio, e mandou mensagem para Gleisi Hoffmann reclamando do acontecido.
Há quem diga que o deputado estaria valorizando seu passe junto ao PT e Lula. Paulinho não quer declarar apoio apenas, quer se sentir cortejado. Depois, os áudios vazados com o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, poderão ser usados como arma para arrancar de Lula um aceno concreto à sigla.
Esse movimento em nível nacional pode ter reflexos locais. A pré-campanha de Marília Arraes correu para enviar uma nota de apoio a Paulinho e ao mesmo tempo reiterar a preferência por Lula.
Até a convenção, Paulinho vai oscilar mais que o câmbio da moeda. Isso impacta diretamente na campanha de Marília, que precisa fazer a defesa e colocar sua imagem ao líder mor do PT.
COLANDO A IMAGEM - A pré-candidatura à deputada federal Maria Arraes vem colando na sua irmã e pré-candidata Marília Arraes. Se ela conseguir colar bem, poderá pipocar de votos, ajudando a visibilizar a chance de mais gente da chapa.
EDUCAÇÃO EM EVIDÊNCIA - O prefeito Simão Durando elencou a educação como marca de sua gestão. No comando da Prefeitura de Petrolina há 15 dias, desde a renúncia de Miguel Coelho, Simão vem construindo sua própria imagem paulatinamente e promete fazer uma revolução na educação.
PALAVRA FINAL - Várias alas da Frente Popular estão sentindo falta de alguém que “bata na mesa”, como fazia Eduardo Campos, e que aponte as decisões dentro do bloco.
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