Coluna da terça | Raquel parte para o contra-ataque
Após perder o controle do PSDB, seu antigo partido, em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra partiu para o contra-ataque. Ela fez seus aliados saírem da legenda e, um evento só, filiou todos ao PSD, incluindo a vice-governadora Priscila Krause.
Ao todo, foram 31 prefeitos, 14 vice-prefeitos e várias lideranças de todo o estado. O ato contou com a presença do presidente nacional da PSD, Gilberto Kassab, que vê sua legenda se consagrar como a maior do estado.
Esse ato mostro força política da governadora, que mantém, mesmo com as adversidades, o comando do seu grupo.
ENFIM, UMA BASE - O projeto do aumento das emendas fez o Palácio acordar ao ponto que, aos poucos, consolidou sua sonhada base na Assembleia Legislativa. O almoço de ontem reuniu 26 parlamentares mais dois que estavam em viagem. Agora, essa base precisa ser alimentada para se manter viva.
SAIU DA PAUTA - A presidência da Assembleia Legislativa preferiu tirar de pauta o projeto que aumentava o valor das emendas parlamentares. O movimento para consolidar a base atrapalhou um pouco a velocidade com que a oposição estava tocando o projeto.
SIMBÓLICO - A saída da ex-prefeita de Lagoa do Carro, Judite Botafogo, do PSDB para o PSD, após 25 anos no ninho tucano, foi muito simbólica. Ela foi membro da executiva nacional e presidiu, por longos anos, o PSDB Mulher em nível nacional.
FRASE DO DIA: “Pernambuco não tem dono”, disse a governadora Raquel Lyra na filiação dos aliados ao PSD.
RÁPIDAS
SEM ANISTIA - A ex-deputada Marília Arraes usou as redes sociais para defender que o Congresso não aprove a anistia aos manifestantes do 8 de janeiro. Ela usou dados da pesquisa mostrando que a população é contra a anistia. Marília é um dos nomes que estão na corrida pelo Senado.
DESTAQUE - Recebi, com muita surpresa, a deferência do deputado estadual Mário Ricardo (Republicanos) ao programa Ponto de Encontro comandado por este colunista na CBN. Agradeço ao parlamentor pela menção elogiosa e pelo destaque que fez ao nosso trabalho.
PINGA-FOGO: O clima agora entre Palácio e Assembleia Legislativa vai acalmar?
