Coluna da segunda | Federação poderá unir parte da Oposição em Pernambuco

Separados hoje por suas respectivas pré-candidaturas ao Governo, os prefeitos Raquel Lyra (Caruaru) e Miguel Coelho (Petrolina) poderão se unir não apenas por estratégia local, mas pela provável federação que seus partidos estão articulando no âmbito nacional. 

Recentemente, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, colocou no fogo à pré-candidatura de João Doria à Presidência da República para garantir um projeto de federação com o União Brasil e o MDB. Se essas três siglas se juntassem mesmo, seriam o maior “partido” do País, com força em muitos lugares. 

Em Pernambuco, a candidata ou candidato escolhido pela federação largaria na frente dos demais nomes da Oposição. Teria o maior tempo de Rádio e TV, recursos partidários e volume de campanha. Sem falar que a Oposição estaria tirando um importante partido das mãos da Frente Popular, o MDB de Jarbas Vasconcelos e Raul Henry.

CHAPA - Recém anunciado como candidato da Frente Popular ao Governo, o deputado Danilo Cabral publicou em suas redes sociais um vídeo onde fala sobre coragem e que conhece os desafios que terá pela frente. Cabral agora será peça fundamental na montagem de sua chapa. Algumas conversas já foram iniciadas neste final de semana.  

SE ESQUIVANDO – Distantes, porém silenciosos, Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra devem fazer suas opções próprias na eleição estadual. A tucana não quer se aproximar da ala bolsonarista, ao mesmo tempo em que Ferreira tentará manter a unidade com a prefeita de Caruaru sem ser um radical defensor do seu correligionário. A grande verdade é que eles estão se esquivando de um anúncio público de um rompimento para não carregar essa pecha de traidor.  

TUDO PRONTO – Miguel Coelho já está com tudo pronto. Equipes para tudo já estão montadas. O jurídico ficará sob o comando do competente Delmiro Campos. “Se a campanha começasse amanhã, já estaríamos preparados”, disse aliado próximo ao prefeito de Petrolina. Ele está organizando um megaevento para sua renúncia no final de março. Nomes de peso da política nacional devem marcar presença.

ESPECULAÇÃO – Na mídia nacional, cresceu a especulação do Partido dos Trabalhadores relançar o nome do senador Humberto Costa, em retaliação aos recentes movimentos do PSB. “Não há clima para isso”, disse fonte petista à coluna. Isso mais parece um tipo de pressão para definir logo a federação.  

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