Coluna da terça | Frente Popular puxa eleição enquanto Oposição segue indefinida
Foto: Wesley D’Almeida
Mais uma vez, a Frente Popular cumpriu o prazo previsto e apresentou seu candidato ao Governo uma semana antes do Carnaval, como o governador tinha prometido. Danilo Cabral fez um discurso acenando à classe política e pregando unidade com o PT.
Ficou evidente a nacionalização da eleição. Todos os oradores bateram forte no Governo Bolsonaro, dando o tom que será usado mais uma vez na campanha do PSB. Ao todo, 11 partidos estiveram representados no evento, garantindo a manutenção do bloco governista.
Enquanto isso, as Oposições seguem sem uma definição clara. Miguel Coelho é o único que se apresenta como pré-candidato. Raquel Lyra está com o pé na estrada, mas esconde o jogo, enquanto Anderson Ferreira aparentemente está focado na estratégia de evitar aparecer no momento.
Voltando à Frente Popular, a aposta agora é num nome técnico com pegada política. Danilo está com o discurso na ponta da língua e com ânimo de iniciante.
ALFINETOU - Em seu discurso, Paulo Câmara alfinetou as Oposições. “O projeto de Danilo é coletivo, o que vemos do outro lado são projetos pessoais”, disparou. O governador ainda disse que “não teve a sorte de ter Lula presidente”, falando da possibilidade que Danilo Cabral poderá ter.
INCENSADO - O senador Humberto Costa (PT) foi bastante homenageado pela decisão de renunciar à candidatura ao Governo em prol da unidade do PSB com o PT. Costa agora trabalha para colocar Carlos Veras na vaga do Senado.
CHAPA - Durante o evento, muitos socialistas de peso revelaram que é preciso um nome ao centro na composição da chapa. O nome de André de Paula (PSD) ainda é cogitado para o Senado, cenário em que o PT ficaria com a vaga de vice-governador
DESAGREGANDO - Aliados do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, estão viralizando uma imagem da convenção de Paulo Câmara em 2014, onde aparecem Raquel Lyra, Anderson Ferreira e o senador Fernando Bezerra Coelho. “A verdadeira oposição contra os socialistas. Gilson Machado”, diz a arte. Isso só faz desagregar o ministro junto aos demais componentes do bloco.
PINGA-FOGO: Há clima para Gilson Machado ser o senador de Anderson Ferreira?