Coluna da segunda | O papel estratégico de Silvio Costa Filho entre Lula e Tarcísio

Desde que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos, sendo voz dissonante da maioria do Republicanos, o ministro Silvio Costa Filho vem ocupando um papel estratégico na relação entre o presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Foi sob essa costura de Costa Filho que o Governo Lula lançou a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o túnel de Santos-Guarujá, no valor de R$6 bilhões de reais. Para alavancar essa obra, o ministro e o governador de São Paulo embarcam, hoje, para a Europa com o objetivo de captar investidores em um roadshow.
Essa viagem estratégica havia sido anunciada durante a entrevista do ministro Silvio Costa Filho ao programa Ponto de Encontro. Além da agenda administrativa, mostra uma proximidade institucional entre os governos Federal e de São Paulo.
DISPUTA À REELEIÇÃO- Mesmo tendo seu nome cotado para disputar a presidência da República, o governador Tarcísio de Freitas deverá ser candidato à reeleição. Ele agrada setores da direita que não são radicais, mas não tem o apoio do clã de Bolsonaro.
OPÇÃO É MICHELLE - Uma fonte da cúpula do PL revelou à coluna que a opção do partido para disputar o Planalto, se Bolsonaro continuar inelegível, é sua esposa Michelle Bolsonaro. Mulher, cristã, esposa “do mito”, em tese ela tem o tripé perfeito para disputar bem o pleito.
CIRO NA VICE - Independentemente do nome da direita, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, está trabalhando para ser o vice na chapa. Ele traz o peso do Nordeste, por ser do Piauí, além da força da federação entre seu partido e o União Brasil.
FRASE DO DIA: “Dois anos foi pra tomar pé da situação. Iremos começar a governar após a Semana Santa”, disse o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson.
RÁPIDAS
POLARIZAÇÃO - Em entrevista ao Ponto de Encontro, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, admitiu que a polarização política também está presente na Igreja. “Isso não é de hoje, desde a redemocratização vivemos a polarização”.
TAXATIVO - Perguntado se um líder religioso católico pode usar o microfone da igreja para emitir opinião política, o arcebispo foi taxativo. “Absolutamente, não devem fazer isso. Isso a Igreja não orienta, não pede e é um equívoco”, disse Dom Paulo.
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