Polícia nega que houve racismo em casca de banana arremessada no banco de reservas do Sport

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul negou que houve racismo no caso da ex-atleta do Internacional, que arremessou uma casca de banana perto do banco de jogadoras reservas do Sport no jogo entre os clubes pelo Brasileirão feminino.

O caso ocorreu no dia 31 de março, no campo do SESC Protásio Alves, em Porto Alegre. A atleta, que atuava no Internacional na época, arremessou um copo que tinha uma casca de banana dentro. O pedaço da fruta caiu próximo ao banco de reservas do Sport.

De acordo com a apuração da polícia, as atletas rubro-negras não ouviram quaisquer xingamentos ou insultos de cunho discriminatório no momento dos fatos. 

A jogadora investigada afirmou que agiu por impulso e não havia percebido a presença da casca de banana dentro do copo. Ainda segundo a investigação, as imagens analisadas confirmaram que o copo caiu entre as cadeiras, enquanto a casca de banana parou no entorno do banco de reservas do Sport.

Na conclusão do caso, foi indicado que não houve dolo discriminatório por parte da investigada, afastando a tipificação por crime de racismo. Entretanto, a conduta foi enquadrada como crime de causar tumulto durante evento esportivo em razão da mobilização de jogadoras, deslocamento da arbitragem e atuação de segurança no local.

A declaração em nota foi feita por meio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), sob a coordenação da Delegada Tatiana Barreira Bastos, Diretora da Divisão de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância e titular da DPCI de Porto Alegre.