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Padre que acusou médico de assassinato, por realizar aborto legal em criança de 10 anos, é condenado

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Por: REDAÇÃO Portal

Em comentário, o médico acusado afirmou que esta é uma vitória “de todos os médicos e profissionais de saúde e de toda a sociedade que defende os direitos reprodutivos das mulheres”

21/03/2023
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Em comentário, o médico acusado afirmou que esta é uma vitória “de todos os médicos e profissionais de saúde e de toda a sociedade que defende os direitos reprodutivos das mulheres”

Foto: Reprodução/g1

O Padre Lodi da Cruz, que acusou o médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho de assassinato em publicações feitas na internet, por ter realizado um aborto numa criança de 10 anos, vitima de estupro, foi condenado pela justiça a pagar R$ 10 mil em indenização por danos morais. 

A vitória do médico se dá quase três anos depois do procedimento, realizado em agosto de 2020, no Centro de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), localizado no bairro da Encruzilhada, no Recife, onde Olímpio atuava como obstetra e diretor do hospital.

A garota na qual o médico realizou o aborto morava em São Mateus, no Espírito Santo, mas foi transferida para Pernambuco uma vez que o Cisam é referência nesse tipo de procedimento.

Na ocasião, religiosos e políticos protestaram aos gritos do lado de fora da unidade de saúde por serem contra o aborto.

Ao comentar a mais recente decisão da Justiça, o médico Olímpio afirmou que esta é uma vitória “de todos os médicos e profissionais de saúde e de toda a sociedade que defende os direitos reprodutivos das mulheres”.

No Brasil, o aborto é legalmente permitido quando a gestação é decorrente de estupro, quando há risco de vida a quem gesta ou se é caso de anencefalia, isto é, a formação de feto sem cérebro.

Ouça a nota de Assíria Florêncio sobre o assunto clicando no play acima.
 

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