IBGE divulga pesquisa com análises dos Centros de Gestão; Recife mostra protagonismo econômico

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (26), a Gestão do Território 2024, levantamento responsável por apresentar análises dos Centros de Gestão entre os 5.570 municípios do Brasil. A pesquisa aborda tanto a Gestão Empresarial, focada na articulação entre municípios com atividades econômicas interligadas, quanto a Gestão Pública, que mapeia as redes hierárquicas de administração envolvendo instituições públicas federais e estaduais.

Os resultados reforçam o protagonismo de Recife na concentração de atividades empresariais e estatais, consolidando sua posição de liderança sobre o território pernambucano. No entanto, diferentemente da tendência nacional, a gestão territorial no estado se caracteriza pela descentralização em relação à região metropolitana. Além da capital, Caruaru e Petrolina se destacam como pólos de expansão da atividade empresarial e da administração pública. Garanhuns e Serra Talhada também aparecem bem posicionadas no ranking estadual de gestão.

Outro aspecto analisado no estudo foi a expansão das atividades empresariais no interior de Pernambuco. Os dados indicam uma disseminação da atividade econômica pelo estado, impulsionada pelo crescimento no número de sedes e filiais de empresas distribuídas entre os municípios. Entre 2011 e 2021, essa expansão foi significativamente superior à observada nas cidades da Região Metropolitana do Recife, consolidando um novo eixo de desenvolvimento no estado.

A pesquisa Gestão do Território 2024 identifica os municípios que exercem funções estratégicas dentro da rede urbana brasileira, seja pelo comando empresarial ou pela influência na administração pública. Para avaliar a gestão empresarial, foram analisados dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do IBGE, referentes aos anos de 2020 e 2021, considerando a localização de sedes e filiais de empresas em cada município. Já no que se refere à gestão pública, foram utilizados dados atualizados para 2024, com base na divisão político-administrativa vigente.

Essa é a segunda edição do estudo, sendo a primeira realizada em 2012. Além disso, o levantamento também foi incorporado à publicação Regic 2018, consolidando sua relevância na análise da organização territorial brasileira.