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Jovens empreendedores utilizam a inovação para consolidar pequenos negócios

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Por: REDAÇÃO Portal

Filtrar ideias e analisar o mercado auxiliam na busca por inovação e criatividade para o mercado

02/06/2024
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Filtrar ideias e analisar o mercado auxiliam na busca por inovação e criatividade para o mercado

Foto: Freepik

O número de jovens que nem estudam e nem trabalham no Brasil, os chamados “jovens nem-nem”, diminuiu em 2024. De janeiro a março, o grupo, que compreende pessoas dos 14 aos 24 anos, era composto por 4,6 milhões de pessoas: 0,95% a menos em comparação ao ano passado. 

Um dos fatores ligados a essa diminuição é a cada vez mais significativa adesão ao empreendedorismo após o término do período escolar. Se antes a busca pelo mercado formal era o caminho mais comum, a necessidade e as facilidades proporcionadas pelo mercado digital têm contribuído para que jovens projetem os próprios negócios e consigam colocar as ideias em prática.

O professor e economista Sandro Prado explica essa mudança de cenário, que de acordo com o IBGE (2021), mobiliza mais de 1,9 milhões de brasileiros.

“O jovem de anos atrás, por exemplo, tinha um sonho de fazer um curso superior de conseguir ir para uma faculdade. Acontece, obviamente, que o mundo mudou, o Brasil mudou, e um grande contingente de profissionais preparados com graduação foram lançados no mercado de trabalho. Então, esse cenário do mercado de trabalho com uma dificuldade muito grande de conseguir bons empregos faz com que o jovem, hoje, tenha um dinamismo e opte muito pelo empreendedorismo”, afirma.

Inovação 

O empreendedorismo está ligado diretamente ao momento de se encontrar e investir em uma carreira promissora, o que pode ser confuso de início, para isso é preciso filtrar ideias e analisar o mercado até conseguir identificar onde será preciso depositar sua meta de inovação e criatividade; como aconteceu com o Ítalo Bernardo, que conseguiu construir o IBS Design, estúdio em que é proprietário e atende como designer de sobrancelhas.

Foto: Reprodução IBS Design - Ítalo Bernardo

“De início eu mesmo tinha um certo preconceito por ser uma área mais feminina. Minha intenção não era essa, era iniciar com barbearia. Porém, Deus sabe o que faz. Fazendo sobrancelha dos meus clientes, surgiu o dia que eu fiz de uma mulher. Quando fiz a dela, aí começou uma, duas, três, quatro. Comecei a ter um fluxo maior na minha barbearia de mulher do que homem.

Investi, aprofundei na área, fiz outros cursos! Hoje eu tô também na área da micropigmentação de sobrancelha”, conta.

Foto: IBS Design - Trabalho feito pelo designer Ítalo Bernardo

Rômulo Chico é fotógrafo, piloto de drones, e também videomaker. Ele faz parte dos 48,5% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) que, segundo o IBGE (2021), trabalham com informação e comunicação. Ele já atuou em veículos de comunicação tradicionais em Pernambuco, e atualmente com nove anos no mercado fotográfico, segue o próprio caminho com a bagagem adquirida.

“O que me motivou muito a continuar é porque eu sempre gostei de contar histórias com as minhas imagens. Eu sempre admirei as pessoas que fotografam muito bem. No começo, pra mim, foi bem difícil. E como eu era muito novo, eu não tinha muitas oportunidades. Então eu tive que inventar uma profissão, eu tive que dar o meu jeito pra conseguir minha primeira câmera, então não foi fácil”, relata.

Reprodução Redes Sociais/ Foto: Francisco Silva 

Microempreendedores Individuais 

O Microempreendedorismo Individual ganhou espaço ao longo dos últimos anos por oferecer garantias e direitos a quem começa o próprio negócio. Atualmente, mais de 13,2 milhões de brasileiros estão cadastrados nessa modalidade. 

Médicos são os principais clientes do fotógrafo Rômulo Chico, de 22 anos. E com a experiência enquanto microempreendedor, ele já consegue projetar o seu negócio a longo prazo.

“Eu quero montar um curso online para poder ajudar as pessoas, tanto daqui de Pernambuco como fora. São técnicas que eu posso ajudar as pessoas a como ganhar dinheiro com qualquer coisa. Tanto com celular, como uma câmera fotográfica. É ensinar aquela pessoa que só tem aquele recurso a ganhar dinheiro, entendeu? O meu objetivo não é só trazer dinheiro para mim”, conclui.

Foto: Rômulo Chico

Desafio

O professor e economista Sandro Prado reitera que, para ser um jovem empreendedor, é preciso que o negócio esteja alinhado com o estudo.

“Criou-se um mito hoje que o empreendedorismo é mais fácil do que era no passado, por causa do empreendedorismo digital. Ele (o empreendedor) precisa entender de marketing, ele precisa entender de logística, ele precisa entender de gestão de pessoas, várias áreas na própria gestão, que não é a experiência que vai lhe dar apenas. É muito importante ele sentar no banco das salas de aula e estudar”, reforça.

O designer de sobrancelhas Ítalo Bernardo, que começou a sua trajetória em 2016, agora aos 30 anos, deixa um recado para outros jovens que desejam empreender.

“Uma visão que eu passo é: se você quer, busque, tente, mesmo que seja difícil, como no início foi para mim. Hoje, graças a Deus, eu consigo ter uma boa renda na área, busco evoluir e é isso aí que eu digo, não desistir. Deus na frente, buscar conhecimento, trabalhar, que aí o resultado vem”, esperança.

Ouça a matéria especial da repórter Marcelle Reis no 'Play' acima

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