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Brasil tem 1.942 cidades com risco de desastre ambiental; PE tem 11,6% da população ameaçada


Por: REDAÇÃO Portal

Segundo a nota técnica do estudo encomendado pela Casa Civil, as populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil

18/05/2024
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Segundo a nota técnica do estudo encomendado pela Casa Civil, as populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Um estudo feito pelo Governo Federal mapeou, em todo o Brasil, 1.942 municípios suscetíveis a desastres ambientais, como deslizamentos de terras, enxurradas e inundações. Com a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, cerca de 35% do total das cidades brasileiras podem ser atingidas. Em Pernambuco, 11,6% da população vive em área de risco, sendo essa a terceira maior porcentagem do país - atrás apenas da Bahia (17,3%) e do Espírito Santo (13,8%).

O estudo, coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil, foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura no Brasil. Por meio do Novo PAC Seleções, Pernambuco deve receber R$ 100 milhões voltados a obras de contenção de barreiras e encostas.

O documento também faz uma série de recomendações ao Poder Público com o objetivo de minimizar os danos em desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para riscos relativos a inundações, além da atualização anual desses dados e a divulgação das informações para todas as instituições e órgãos competentes.

Investimentos do Novo PAC Seleções

Somente para capital pernambucana - fortemente atingida pelas chuvas de maio de 2022 - serão destinados R$ 126,8 milhões. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, a prevenção de desastres é uma das principais pautas do governo Lula, que já destinou R$ 636 milhões do orçamento anual para esse objetivo.

“A pauta da prevenção voltou a ter importância. Seja Olinda, Jaboatão dos Guararapes ou Recife, o que nós temos percebido é a frequência com que as encostas têm tido problemas, e nós precisamos nos antecipar. Foi isso que nós fizemos. Pernambuco é um dos estados da federação que mais vai receber recursos nessa questão de encostas, e Recife não é diferente”, afirmou.

Quem mais sofre

Segundo a nota técnica do estudo, as populações pobres são as mais prováveis de sofrerem com os desastres ambientais no Brasil.

“A urbanização rápida e muitas vezes desordenada, assim como a segregação sócio-territorial, têm levado as populações mais carentes a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas. Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda e que têm poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos”, aponta o documento.

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