Carregando
Recife Ao Vivo

CBN Recife

00:00
00:00
Brasil

Pesquisa do Sebrae divulgada recentemente aponta que 60% dos pequenos negócios que tentaram recorrer aos empréstimos bancários tiveram seus pedidos negados


Por: Aldo Vilela

É válido ressaltar que o Brasil possui o segundo maior Spread Bancário do mundo, com 32,5%, só atrás de Madagascar (42,5%), que é aquela diferença entre o que você recebe ao deixar o dinheiro parado nos bancos e quanto você paga por tomar r

28/04/2020
    Compartilhe:

É válido ressaltar que o Brasil possui o segundo maior Spread Bancário do mundo, com 32,5%, só atrás de Madagascar (42,5%), que é aquela diferença entre o que você recebe ao deixar o dinheiro parado nos bancos e quanto você paga por tomar r

Foto: Divulgação

O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, trouxe ainda que quase 90% das empresas tiveram perdas de faturamento – médias de 75% por empresa – e que 55% dessas empresas precisam de empréstimos para manter seus negócios funcionando, sem gerar demissões.
Entretanto, mesmo com a política de baratear o custo do dinheiro (juros) a taxa média nas linhas para Pessoa Física saltou de 5,76% a.m. (fev), para 5,79% a.m. no mês passado. Já para Pessoas Jurídicas, temos um aumento de 3,12% a.m., para 3,17% a.m., entre fevereiro e março, sem falar no aumento da burocracia e das exigências para tomar um capital mais caro.
É válido ressaltar que o Brasil possui o segundo maior Spread Bancário do mundo, com 32,5%, só atrás de Madagascar (42,5%), que é aquela diferença entre o que você recebe ao deixar o dinheiro parado nos bancos e quanto você paga por tomar recursos dos bancos. E, nos últimos 15 anos, os principais bancos que atuam no país vêm quebrando recordes de faturamento e de Lucro Líquido, como é o caso do Santander, cuja operação fora do Brasil apontou um recuo de 17% no L.L., enquanto que dentro do País, o L.L. do Santander cresceu 17% - correspondendo a cerca de 30% de todo L.L. da operação Santander do mundo!
Lucros Líquidos dos principais bancos:
•    Caixa Econômica Federal: R$ 21,1 bilhões;
•    Banco do Brasil: R$ 17,8 bilhões;
•    Santander: R$ 14,5 bilhões;
•    Bradesco: R$ 25,8 bilhões;
•    Itaú: R$ 26,5 bilhões; 


Justificativas
O bancos colocam alguns pontos como justificativas: 
1.    A Recuperação judicial do empréstimo (quando se tem a execução das dívidas), pois, para cada US$ 1 emprestado, voltam apenas US$ 0,13, enquanto que a Média mundial é de US$ 0,34;
•    Isso impacta nos custos administrativos dos bancos, pois sobem quando existe uma maior dificuldade em reaver o crédito, e as projeções de adimplência não são tão claras;
•    Madagascar, que tem o pior/maior Spread Bancário do mundo, tem uma média de US$ 0,11, enquanto que no Japão, que possui o menor Spread Bancário do Mundo (menos de 1%), o retorno é de US$ 0,92 para cada US$ 1 emprestado;
•    Os bancos justificam a insegurança jurídica e o calote como os catalisadores do alto valor cobrado; 
2.    Inadimplência;
•    Tirando a má-fé, boa parte desses calotes é oriunda da inadimplência que, por sua vez, é potencializada justamente pelos altos valores cobrados pela utilização do capital de terceiros – vide os principais vilões da inadimplência de PF (cartões de crédito, carnês e financiamento de automóveis);  
3.    Falta de concorrência & concentração de crédito;
•    Mesmo com a popularização das Fintechs e dos Bancos Digitais, cerca de 80% de todo o crédito do País está concentrado nas 5 principais bandeiras supracitadas, o que gera uma espécie de monopólio dos recursos financeiros, quebrando a concorrência e a diminuição dos preços cobrados;
4.    Educação financeira;
•    A população brasileira não foi treinada a gerir recursos financeiros. Muito pelo contrário! Ela foi treinada a consumir e estimulada a gastar. O resultado é um altíssimo índice de endividamento; mais de 60 milhões de pessoas na inadimplência; mais de 30 milhões superendividadas; e uma massa de pessoas que não sabem negociar, comparar e exigir preços mais justos e condizente com aquilo que elas possam pagar; alimentando o ciclo de dependência do capital de terceiros e do aumento do risco de se emprestar a essa massa falida financeiramente – sedimentando o Spread baseado no risco e nas margens de lucro absurdas dos bancos no Brasil.
[14:40, 28/04/2020] Aldo Vilela: Mário Ricardo destaca o valor desproporcional enviado aos municípios no combate ao Covid-19
Prefeito de Igarassu disse que o critério adotado pelo Governo Federal foi baseado em informações não atualizadas o que fez a cidade receber R$ 404.662,80, valor bem inferior se comparado a cidades vizinhas do Litoral Norte.

O prefeito da cidade de Igarassu, Mário Ricardo (PTB), destacou nesta manhã de segunda-feira (27) durante entrevista ao comunicador Rodolfo Kosta da Rádio Olinda AM 1030, que o valor passado pelo Ministério da Saúde via Governo Federal de R$ 404.662,80 foi baseado com dados antigos em que determinadas cidades apresentam estruturas deferentes quanto a responsabilidade na área da saúde se comparado aos dias de hoje e dentro daquilo que é estabeleci

do perante a Constituição a respeito dos três níveis de governo; União, Estado e Município.

“São valores diferentes para o mesmo problema. Nós estamos aqui fazendo com pouco o muito e quando nós fazemos as coisas com amor, responsabilidade e carinho os pães são multiplicados”, disse o prefeito.

A cidade de Abreu e Lima que é vizinha de Igarassu, por exemplo, recebeu quase que o dobro: R$ 746.682,85. Confira a lista com todos os municípios do país e o valor repassado para cada um pelo Ministério da Saúde no enfrentamento ao Covid-19.

Unidade Hospitalar

Mário destacou ainda que a prefeitura de Igarassu, através da Secretaria de Saúde, anunciou na última quarta-feira (22), a implantação de 15 leitos de retaguarda e um leito de sala vermelha com equipamentos destinados exclusivamente às pessoas com Covid-19.

Os leitos serão destinados a pacientes prioritariamente do município, que precisem de internamento pra tratamento em enfermarias. Diferente de outros municípios que optaram por fazer estruturas provisórias, os leitos de Igarassu serão implantados dentro da Unidade Hospitalar da cidade (UHI).

A estrutura tem previsão de estar pronta em no máximo 20 dias a contar da datá de início dos serviços e após o fim da pandemia esses leitos servirão para outros tipos de serviços.

Servidores

O Prefeito Mário Ricardo informou que encaminhou o Projeto de Lei nº 001/2020 à câmara municipal de Igarassu para criar uma rede de proteção aos servidores que possuem contratos com o município devido à crise do coronavírus. Diferente de alguns municípios, que optam por exonerar os trabalhadores contratados, com a aprovação da lei, a Prefeitura de Igarassu de forma inédita dará proteção aos seus servidores neste momento de grave crise financeira que enfrentam os  municípios brasileiros. O projeto assegurará a manutenção dos contratos de todos os servidores que não estejam podendo exercer suas atividades devido à crise e criará uma bolsa financeira  para ajudar esses profissionais enquanto durar a pandemia.

Calamidade Pública

A cidade de Igarassu se encontra em Estado de Calamidade Pública por meio de decreto do prefeito Mário Ricardo em decorrência da pandemia do Covid-19 e aprovação da ALEPE (Assembleia Legislativa de Pernambuco). Com isso, o município fica dispensado dos cumprimentos das metas fiscais e do bloqueio de despesas previstos em lei orçamentária, fica também suspenso o prazo para ajuste de excessos de despesas, tudo em prol do combate/enfrentamento aos fatos que causaram a calamidade.

As Licitações atreladas aos motivos que ensejaram a calamidade ficam dispensadas por força do art.24 da Lei 8.666/93, visto que a atuação do poder público há de ser célere.

O tempo de validade deste decreto dura enquanto os motivos que causarem a calamidade estejam acontecendo. Em situações anteriores o prazo de 180 dias sempre foi utilizado como parâmetro, mas se admitindo prorrogação, caso não cessados os motivos que causaram a calamidade. Ou seja, enquanto durarem as causas do decreto, duram os efeitos

Notícias Relacionadas

Comente com o Facebook