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Psol pede investigação de parlamentares que incentivaram atos criminosos em Brasília; deputados pernambucanos estão na lista

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Por: REDAÇÃO Portal

Todos são indicados por, segundo o partido, “estimularem o golpismo e o terrorismo nas redes sociais”

11/01/2023
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Todos são indicados por, segundo o partido, “estimularem o golpismo e o terrorismo nas redes sociais”

Foto: Reprodução/Redes sociais

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pediu, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a inclusão de 11 parlamentares, todos ou do Partido Progressista (PP) ou do Partido Liberal (PL), no inquérito que investiga os envolvidos nos atos antidemocráticos do último domingo (08). Junto aos nomes estão dois pernambucanos: a deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) e de seu marido, o deputado estadual eleito Júnior Tércio (PP). Todos são indicados por, nas palavras da bancada, “estimularem o golpismo e o terrorismo nas redes sociais”.

Em uma publicação conjunta no Instagram, ainda no domingo, Clarissa e Júnior Tércio divulgaram o vídeo de uma manifestante que, do teto do Palácio do Planalto, afirma que “o poder foi tomado” e que não sabe quando sairá da sede do Executivo Federal.

Na segunda-feira (09), além de Clarissa ter afirmado em nota que, “em alinhamento” com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, que a mesma e o marido são “totalmente contra qualquer ato de violência, vandalismo ou de destruição do patrimônio público, que venha ameaçar a democracia”, a parlamentar adicionou essa manifestação à legenda do vídeo publicado que até a segunda-feira pela manhã dizia apenas, numa declaração que foi considerada ambígua, “Brasília hoje, oremos pelo nosso Brasil!”.

O documento encaminhado ao STF, direcionado ao Ministro Alexandre de Moraes, declara que a publicação "endossa a mensagem que o poder fora “tomado pelo povo””, e descreve ainda que os deputados incluíram, no vídeo, os endereços das próprias redes sociais.

Ainda em nota, Clarissa e Júnior Tércio disseram o seguinte: “fazemos questão de reafirmar nosso posicionamento e esclarecer que não estávamos na capital brasileira, como vem sendo repercutido de forma maldosa e na tentativa de nos prejudicar. Entendemos que a Constituição Federal nos garante o direito à livre manifestação, desde que seja de forma ordeira e pacífica”.

Mas, mesmo com a tentativa se desvincular do que o PSOL chamou de “estímulo ao golpismo e ao terrorismo nas redes sociais”, na sexta-feira (06), a deputada Clarissa publicou nas redes sociais o vídeo de uma senhora com a seguinte legenda: “É de emocionar a demonstração de fé e apoio à nossa Pátria, dessa senhora de 81 anos! Desde novembro, ela se encontra no QG de Brasília, orando pela nação e disposta a lutar e guerrear pelo nosso Brasil!”.

Na terça-feira (10), a Vereadora do Recife, Liana Cirne, entrou com uma notícia-crime no STF contra Clarissa Tércio por incitação ao crime de terrorrismo pedindo a suspensão da eleição da Deputada.

Procurado, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros (PSB), afirmou que não comentaria o assunto, e que o caso será tratado pela Comissão de Ética do Legislativo. O Deputado Tony Gel (PSB), por sua vez, presidente da Comissão de Ética da Alepe, afirmou que qualquer investigação só pode ser iniciada quando Júnior Tércio tomar posse em 1º de fevereiro.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.

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