Carregando
Recife Ao Vivo

CBN Recife

00:00
00:00
Pernambuco

Óleo das praias de PE apresenta substâncias tóxicas e cancerígenas

Ouvir

Por: REDAÇÃO Portal

Especialista em resíduos sólidos e pesquisadora líder do Grupo de Pesquisa Gestão Ambiental em Pernambuco (Gampe) esclarece informações dos componentes das manchas

24/10/2019
    Compartilhe:

Especialista em resíduos sólidos e pesquisadora líder do Grupo de Pesquisa Gestão Ambiental em Pernambuco (Gampe) esclarece informações dos componentes das manchas

Com as praias do litoral Pernambucano repletas de óleo, muitos questionamentos surgem acerca dos riscos que elas podem gerar, tanto aos voluntários e responsáveis pela limpeza nos locais, como nas praias, rios e mangues no futuro. A professora, especialista em resíduos sólidos e pesquisadora líder do Grupo de Pesquisa Gestão Ambiental em Pernambuco (Gampe), Soraya El-deir, esteve no programa CBN Recife, para esclarecer informações estruturais das manchas de óleo e também os problemas que elas podem causar. 

Ela explicou que o óleo tem várias feições, muito além das visíveis.   “A parte sobrenadante é que fica visível pra gente, que chega até as praias. Mas, também há uma outra parte, que fica na coluna d'água, e uma terceira, que acaba decantando, descendo a coluna d'água, ainda tem alguns componentes voláteis. Então, toda essa massa é que compõe o derrame e a  gente só está tendo acesso a um pequeno percentual de todo esse material”, esclarece a especialista. 

Além disso, ela ressaltou que dentro da massa de óleo existem compostos orgânicos voláteis, que são os que, logo no primeiro momento, começam a se tornar gases e evaporam, mas existem outros componentes, que são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, que são mais estáveis, como benzeno, que é tóxico, com potencial cancerígeno. Ela ainda confirma que não há dúvidas de que a praia apresente essas substâncias e o governo precisa tomar iniciativas. “A Resolução Conama 357  determina que a quantidade de benzeno de 0,051 a 0,7 mg/L por litro é aceitável, acima disso, a praia deve ser interditada. Então, é extremamente relevante que o governo do estado faça esse monitoramento constante e informe a população que grau de toxicidade está dentro da água”, alerta a pesquisadora. 

Confira a entrevista completa com Soraya El-deir, disponível no play acima.

Notícias Relacionadas

Comente com o Facebook