Ministério Público recomenda medidas para resguardar população perto de barragem que pode se romper

Dezoito famílias que vivem em pontos de risco no município de Águas Belas, no agreste de Pernambuco, foram realocadas desde a declaração de emergência na barragem Ipanema, no último dia 3 de abril. A medida foi adotada com base em recomendação conjunta do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Ministério Público Federal (MPF). O pedido foi feito após o registro de chuvas acima da média histórica nos últimos dias, o que pode facilitar o rompimento da barragem.

A recomendação dos órgãos foi direcionada aos gestores locais e ao governo de Pernambuco. Além de Águas Belas, a situação preocupa cidades no Estado de Alagoas que também integram a bacia do rio Ipanema. A maioria das pessoas que precisaram deixar suas casas por conta da ameaça seguiu para casa de parentes.

O risco de rompimento foi discutido numa reunião pela internet, entre representantes dos órgãos estaduais e a Agência Nacional de Águas (ANA). Ao final do encontro ficou decidido que a Compesa deve instalar um mecanismo para vazão gradual do reservatório. O MPPE e o MPF recomendaram ainda que a Prefeitura de Águas Belas e o Estado de Pernambuco mantenham a população devidamente informada sobre as áreas de risco e os protocolos de emergência.