Justiça solta sete suspeitos de ataque ao ônibus do Fortaleza após partida contra o Sport
Os acusados vão responder em liberdade ao processo, cumprindo medidas cautelares como não frequentar qualquer partida do Sport e comparecer em juízo a cada dois meses
Foto: Reprodução/WhatsApp
Os sete homens ligados a uma torcida organizada do Sport Club do Recife presos por terem participado do atentado contra a delegação do Fortaleza, em 22 de fevereiro, foram soltos pela Justiça. Os acusados vão responder em liberdade ao processo, cumprindo medidas cautelares como não frequentar qualquer partida do Sport dentro e fora de Pernambuco, não poder deixar a Região Metropolitana do Recife por mais de 15 dias, além de comparecer em juízo a cada dois meses.
O ataque ao ônibus do time cearense aconteceu na BR-232, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, após a partida pela semifinal da Copa do Nordeste contra o time pernambucano.
Os sete integrantes da organizada foram presos em março, mais de 20 dias após o atentado com pedras e bombas, que deixou seis jogadores do Fortaleza feridos e o ônibus depredado. Dois suspeitos ainda permanecem foragidos.
Segundo o diretor do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE), Antônio Barros, a Justiça pode pedir a prisão preventiva dos acusados se houver o descumprimento das medidas cautelares.
"Houve um total de 11 indiciados. O Ministério Público concordou com os indiciamentos de tentativa de homicídio, associação criminosa, entre outros tipos penais. A denúncia foi ofertada para o juízo da 2ª Vara Privativa, que a aceitou. Houve uma divergência em relação só ao presidente da torcida organizada, que foi indiciado e denunciado por tentativa de homicídio e associação criminosa, e o juiz aceitou só por associação criminosa. O juiz, e a gente tem total respeito pela decisão, entende que eles poderiam responder ao processo criminal em liberdade. Mas, apesar de não ter decretado a prisão preventiva, toma medidas cautelares extremamente importantes para a segurança pública. E é isso que eu queria enfatizar", concluiu.
A Polícia Civil de Pernambuco informou que havia solicitado a prisão temporária dos acusados por 30 dias, que foi prorrogada por mais 30, resultando em 60 dias de prisão temporária. As investigações já foram concluídas, e o Ministério Público indiciou os envolvidos por tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio e provocação de tumulto.
Ouça a matéria do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima.
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