Após parte do prédio do Memorial de Medicina desabar, categoria faz apelo ao governo
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Walber Steffano, a situação representa um grande desrespeito
Foto: Reprodução/UFPE
Com a queda de parte do telhado do Memorial da Medicina de Pernambuco, localizado no bairro do Derby, no Centro do Recife, na última sexta-feira (26), entidades médicas têm se articulado para discutir e solicitar ações de recuperação do prédio histórico. Dentre todas as instituições que estão instaladas no Memorial, a área mais prejudicada foi o Museu da Medicina, onde estão peças de cera com estudos sobre doenças e imagens de médicos importantes para a instituição.
Diversas avarias comprometem a estrutura do imóvel, que de 1927 a 1958 abrigou a primeira Faculdade de Medicina do Recife, ligada à Universidade Federal de Pernambuco. De 1960 a 1979, o local foi sede do Colégio Militar de Pernambuco, e desde 1979, a partir de um convênio com a UFPE, responsável pelo local, o prédio tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) está cedido à Academia Pernambucana de Medicina (APM).
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Walber Steffano, a situação representa um grande desrespeito com o patrimônio histórico.
"Ao sabermos disso, imediatamente fizemos uma reunião com todos os representantes das entidades médicas do estado de Pernambuco, onde determinamos que iremos trabalhar com todas as frentes para podermos soerguer esse patrimônio da medicina pernambucana. É um grande desrespeito que nós vimos por parte de todos os órgãos controladores, por parte de toda uma sociedade que tem que preservar sua história. Então, o Sindicato dos Médicos se entristece, mas está tomando todas as deliberações em conjunto a todas as entidades médicas", afirmou.
Uma vistoria foi realizada por engenheiros da UFPE e da Defesa Civil de Pernambuco nesta segunda (29) no Memorial da Medicina. De acordo com a Universidade, o prédio, que está isolado desde a última sexta-feira (26), apresenta rachaduras na alvenaria, as quais danificaram o forro de gesso e outros adereços. Esses problemas estão ligados às chuvas de maio de 2022 na Região Metropolitana do Recife. Segundo a instituição, as Superintendências de Infraestrutura e de Projetos e Obras estão mobilizadas para atuação na redução de danos.
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