“Quero que a esquerda volte a governar o Recife”, diz Dani Portela em entrevista
Candidata ainda declarou que espera não ter pautas silenciadas durante as eleições
Foto: Divulgação/Assessoria
A candidata à Prefeitura do Recife pela coligação PSOL/Rede, Dani Portela, afirmou desejar que a esquerda volte a governar a capital pernambucana. A fala foi concedida durante sabatina realizada pela Rádio Folha FM nesta sexta-feira (23), onde Portela também reforçou suas intenções de transformar o Recife em uma cidade mais justa, especialmente para as populações marginalizadas.
“Eu quero ser prefeita do Recife para ter uma cidade que seja mais justa, em especial aquelas com quem a cidade não tem sido tão justa. quero ser prefeita do Recife porque estou onde sempre estive: à esquerda da cidade. Quero que a esquerda volte a governar Recife e que as nossas pautas não sejam escondidas na eleição”, declarou.
Durante o encontro, Dani criticou a gestão atual por priorizar privatizações e propôs a universalização do atendimento na área da saúde, com foco na atenção básica e na valorização dos servidores por meio de concursos públicos. Sobre segurança pública, ela rejeita a ideia de armar a guarda municipal, e defende investimentos em segurança preventiva e não-letais, com ênfase na iluminação pública e segurança nos transportes.
“A gente não pode olhar a segurança fatiando responsabilidades. Recife lidera números muito ruins na segurança pública. Precisamos fortalecer a guarda municipal, mas fazendo com que a carreira desses guardas seja mais sólida. Armas, por si só, não resolvem o problema da segurança pública. Falar em armar uma parcela dos guardas, quando a guarda está desestruturada e com péssimos salários, é um discurso fácil. É preciso ir além disso. É preciso investir em iluminação pública e dar mais segurança nos transportes. Não é por acaso que os termos 'mulher', 'mãe' e 'feminicídio' aparecem tanto no nosso Plano de Governo. Precisamos discutir segurança pública para além da lógica ostensiva e punitiva”, argumentou.
Em sua atuação como professora, a candidata destacou a necessidade de creches em horário integral e criticou a precarização dos profissionais da educação. Ela também defendeu o fortalecimento da cultura local, revisando os cachês pagos aos artistas e desburocratizando editais culturais. Quando o assunto foi o centro da cidade, Portela acredita que os imóveis abandonados devem ser utilizados para moradia popular.
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