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Priscila Krause abre comemorações dos 80 anos do Arquivo Público de Pernambuco e participa de homenagens a Frei Caneca


Por: REDAÇÃO Portal

13/01/2025
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Responsável pela documentação histórica e administrativa do Estado, Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano terá, ao longo de 2025, uma série de atividades em celebração às suas oito décadas de existência

A vice-governadora Priscila Krause participou, nesta segunda-feira (13), da abertura das comemorações dos 80 anos do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, instituição responsável pelo acervo da memória e da documentação histórica administrativa do Estado. A solenidade foi realizada na sede do órgão, no Recife, e contou com o lançamento das edições 48 e 49 da Revista do Arquivo, sobre a Confederação do Equador e o bicentenário do martírio de Frei Caneca, respectivamente. Mais cedo, inclusive, a gestora acompanhou evento organizado pela Maçonaria Pernambucana e pelo Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) em homenagem ao religioso, que foi figura central da luta pela independência e liberdade do Brasil.

“Existem instituições importantíssimas para a preservação da nossa história, das nossas tradições, e que foram esquecidas ao longo do tempo. O Arquivo Público era um desses exemplos, mas não é mais. O DNA da história pernambucana está aqui guardado, e nós estamos trabalhando para que este seja um lugar decente para as pessoas trabalharem e pesquisarem. Neste momento de comemoração dos 80 anos do órgão, nosso maior presente é ver que a cara do Arquivo Público está bem melhor do que a que tinha quando nós assumimos o Governo de Pernambuco”, pontuou Priscila Krause. Nos últimos dois anos, uma série de melhorias estão sendo realizadas na sede do Arquivo, como o aceleramento da digitalização do acervo.

Segundo o diretor do espaço, Sidney Rocha, é impossível separar as histórias do Arquivo Público e de Frei Caneca, por isso a decisão de iniciar as celebrações dos 80 anos do espaço com revistas sobre o líder libertário pernambucano. “Neste 13 de janeiro estamos também lembrando Frei Caneca pela passagem dos 200 anos de sua morte. E foi neste prédio que ele saiu preso para ser arcabuzado no Forte das Cinco Pontas. Então, nós trouxemos a comunidade cultural e histórica de Pernambuco também para uma festa da liberdade, e vamos comemorar de várias formas. Primeiro porque essa é uma casa de formação, então nós estaremos durante todo o ano formando professores e formando alunos com pelo menos 30 eventos educativos e culturais que cobrirão toda a história do Arquivo e também a história da Confederação do Equador, uma comemoração que se estenderá até 2025”, explicou.

Lançadas durante a solenidade, a edição 48 da Revista do Arquivo trata da Confederação do Equador, de 1824, e a 49 é dedicada ao Frei Caneca, cujo bicentenário da morte é rememorado nesta segunda-feira. As publicações estão disponíveis ao público na biblioteca do Arquivo Público, em escolas da Rede Estadual de Ensino, nas universidades, em instituições de preservação do patrimônio histórico e nas redes sociais da instituição.

Uma exposição sobre documentos importantes de Frei Caneca está aberta ao público no Salão Azul de Exposições do Arquivo Público de Pernambuco, de 9h às 20h, todos os dias. Também está em elaboração uma gestão documental durante 2025, com a digitalização de documentos importantes, de jornais dos séculos 18 e 19, entre outros documentos, num convênio com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Outras atividades também serão realizadas ao longo deste ano, dentre elas uma formação, já iniciada, de professores de história da rede pública de Pernambuco; publicação de títulos referentes à Confederação do Equador, com o selo editorial do Arquivo, incluindo Poesias, obra de Natividade Saldanha, poeta da Confederação; apresentação de O suplício de Frei Caneca, peça de teatro de Cláudio Aguiar; e O antes, o durante e o depois – A Confederação do Equador em documentos da época, transcrições de fontes e acervos do Arquivo Público de Pernambuco, de autoria de Artur Garcea, Emerson Lucena e Hildo Leal da Rosa; catálogo sobre fontes da Confederação do Equador; e outros eventos em convênios firmados com instituições de memória e história.

ARQUIVO PÚBLICO DE PERNAMBUCO - O Arquivo Público Estadual foi criado em dezembro de 1945, com a missão de preservar os documentos produzidos pelo Poder Público e outros itens relevantes para a história do Estado. Em 1972, passou a se chamar Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, em homenagem ao seu primeiro diretor, que passou 27 anos à frente da Instituição.

O Arquivo Público funcionou no Palácio do Governo até 1975, quando foi transferido para sua atual sede, na Rua do Imperador. O prédio do Arquivo Público foi construído originalmente em 1731 como a Casa da Câmara e Cadeia do Recife, onde foi preso Frei Caneca, por sua participação na Confederação do Equador. Em 2018, o prédio foi tombado como Patrimônio Cultural do Estado;

Atualmente, o Arquivo Público guarda documentos, mapas, leis, jornais, livros e manuscritos, inclusive com parte do acervo digitalizado, registrando diversos aspectos da história de Pernambuco.

BICENTENÁRIO DE FREI CANECA – Ainda durante a manhã desta segunda-feira (13), a vice-governadora Priscila Krause participou da solenidade cívico-militar em homenagem aos 200 anos do arcabuzamento de Frei Caneca. O evento, organizado pela Maçonaria Pernambucana e IAHGP, destacou a importância do revolucionário na história da luta pela liberdade e pela independência do Brasil, com ações que resgatam o legado de sua coragem e resistência. Na ocasião, houve a aposição de coroa de flores no busto do herói nacional, seguido do descerramento de um painel reverencial na Murada da Praça, que será fixado em sua memória.

“Este é um momento singular para a história política de Pernambuco. Hoje, celebramos a memória de um homem revolucionário, mas ao mesmo tempo idealista. Frei Caneca conseguiu juntar a capacidade de elaboração de ideias com a de ir para o front como revolucionário, fazendo com que as transformações que foram pensadas e elaboradas, pudessem acontecer. Temos a obrigação de manter o legado de Frei Caneca sempre vivo. Esse movimento precisa ser perpetuado para as próximas gerações”, destacou a vice-governadora Priscila Krause.

 

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