Presidente Lula sanciona projeto de Humberto que institui política de saúde bucal no SUS
De autoria do senador Humberto Costa (PT), o projeto que torna permanente a política de saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS), aprovado pelo Congresso Nacional, será sancionado pelo presidente Lula, na próxima segunda-feira (8), e vai virar lei. A solenidade ocorrerá no Palácio do Planalto, às 11h, com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do próprio senador.
Ministro da Saúde do primeiro governo Lula, iniciado em 2003, Humberto criou, um ano depois de assumir a pasta, o programa Brasil Sorridente para tentar mudar a realidade do país nessa área. Na época, 15 milhões de brasileiros tinham perdido todos os seus dentes, 75% deles eram idosos. Somente 42% da população tinham acesso regular a escova de dente e creme dental.
"Era um quadro terrível. A saúde bucal era totalmente negligenciada. Demos início a um programa revolucionário, à maior política de saúde bucal do planeta, que deu centralidade ao tema no SUS e em todo o país. Conseguimos mudar aquela triste realidade e a cultura da população. Hoje, cuidar dos dentes e da saúde bucal é algo muito valorizado", afirma o senador, que é presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Até o fim do governo Dilma, em 2016, mais de 20 mil equipes de saúde bucal haviam sido instituídas no país, chegando a cerca de 4,3 mil municípios em todo o Brasil. Outros 1,5 mil Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) haviam sido criados pelas administrações do PT.
"Infelizmente, tudo foi paralisado e destruído por Temer e, especialmente, por Bolsonaro. Meu projeto, que Lula vai transformar em lei, pretende tornar sa úde bucal em política permanente do SUS, para que nenhum governo nefasto, como o dos anos anteriores, possa jamais acabar com essa área tão importante da saúde", defendeu Humberto.
Com o Brasil sorridente, o SUS passou a ser o maior empregador do setor de odontologia do país. Para o senador, "saúde bucal não é só devolver saúde dentária. É, também, devolver autoestima, vontade de sorrir, de se olhar no espelho, de sentar à mesa para comer com amigos e familiares sem ter vergonha de si mesmo", disse o senador.