Opinião | Traído pela necessidade
Durante o período da campanha eleitoral, o presidente eleito da Argentina utilizava de arroubos retóricos para afirmar que não queria aproximação com os agentes públicos que ele elegeu como seus adversários. Entre os quais, fazia constar em sua lista o presidente dos Estados Unidos, o Papa, o presidente da China e o do Brasil. Bastou terminar o resultado da eleição, para que majoritariamente do que era verbalizado pelo agora presidente eleito fosse desconsiderado, levando parte dos seus asseclas a decepção. Por mais que se comporte semelhante a um energúmeno, o presidente eleito da Argentina sabe que nas relações políticas e econômicas, o pragmatismo deve sobrepujar questões ideológicas. Infelizmente, alguns por questões de capacidade cognitiva, ou maldade, não conseguem alcançar tamanha dimensão da investidura do cargo.
Olinda, 02 de dezembro.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.