Opinião | Olinda e seus desencantos
O espírito revolucionário se fez presente desde cedo em terras pernambucanas. Tanto é que até os que não nasciam aqui, de alguma forma eram enfeitiçados pelos ideais de liberdade. Não foi diferente com o sargento-mor Bernardo Vieira de Melo que em 1710, em terras olindenses, sua voz ecoou em defesa da República, dando início a outros acontecimentos de demonstração de insatisfação com a Monarquia oriunda de Portugal.
A rebeldia pernambucana ao longo da história custou caro, onde muitos perderam a vida e outros tiveram sua liberdade castrada. Mesmo assim, não foi suficiente para esmorecer o sonho que alimentava a vida de quem aqui habitava. Além do mais, aplicou-se uma pena a Pernambuco cuja sentença foi perder parte do seu território. Mas alguém já disse que Pernambuco só se curva para agradecer.
O passado rico de história, infelizmente, tem sido esquecido por parte de alguns órgãos públicos. Basta observar a pífia lembrança da atitude de Bernardo Vieira de Melo. O Poder Executivo Municipal em comemoração data postou um Card na página da Prefeitura e nada mais. Será que nossos vultos não devem ser lembrados e reverenciados? Talvez seja melhor observar o que disse o apóstolo dos gentios em Rm. 13:7. Quem sabe, não venha renascer a esperança de que em 2025 será melhor.
Hely Ferreira é cientista político.