Opinião | No devido tempo
Imagine alguém lhe perguntando o que é o amor? Logo em seguida lhe faz outra pergunta querendo saber o que é a verdade? Não satisfeito com as respostas, resolve-lhe perguntar o que é justiça? Por fim, faz a seguinte indagação: o que é o tempo? Certamente, as perguntas sofrerão respostas variadas, atreladas ao conceito de cada um.
Tratando especificamente sobre o tempo, o mesmo pode ser um aliado ou um adversário dependendo de como o utiliza. Com a chegada da propaganda eleitoral nos meios de comunicação, há uma expectativa com relação ao desempenho dos candidatos. Há quem acredite que possuir maior tempo, leva vantagem, pois terá como expor suas propostas, assim também, os candidatos desconhecidos deverão aproveitar o tempo para se fazer conhecido entre os eleitores. Até aí, tudo bem! Acontece, que só isso não é suficiente para alavancar uma candidatura. Quem não souber usar o tempo, poderá tornar-se escravo dele. Inúmeras candidaturas naufragaram por ter muito tempo e as propagandas se tornaram enfadonhas ao invés de despertarem interesse do eleitor. Por outro lado, ao longo da história política nacional, há relatos de candidatos que mesmo não dispondo de muito tempo no horário eleitoral, o pouco que tinha, soube usar de maneira positiva, deixando sua mensagem impregnada na mente do eleitor. Sendo assim, não é o tempo que decide o sucesso de um candidato, mas como o mesmo é utilizado.
Olinda, 30 de julho.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.