Opinião | Família Musical
Entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 do séc. XX, Pernambuco viveu o ápice de grandes bandas musicais em que naquela época eram chamadas popularmente de conjunto, ou grupo musical. Entre eles, destacou-se o Grupo Alcano. Formado basicamente pelos irmãos da família Maia. Principalmente nos finais de semana, as portas dos clubes eram abertas para os famosos bailes, onde a presença do Grupo Alcano era certeza de casa cheia. Com repertório diversificado, suas apresentações eram mescladas de canções da atualidade, mas havia o momento da nostalgia, variando entre músicas nacionais e internacionais, sempre procurando o máximo de semelhança com as gravações originais. Algo que caracterizava os conjuntos da época.
Certo de obter público fiel por onde passava, o Grupo Alcano entrou no estúdio de gravação e lançou um LP intitulado Paraíso Perdido, no ano de 1981. Música carro chefe da divulgação, embora o disco fosse composto de outras belas canções. Embora tenha passado por várias formações, o Alcano se tornou referência, músicos como Tovinho, João Neto, Nádia Maia e o saudoso Lalão, são alguns dos ex-integrantes.
Recentemente, ocorreu o 20° encontro da Família Alcano Maia, onde o evento conseguiu por mais um ano, reaproximar músicos da era dos bailes e hi-fi, mas também aguçar o desejo dos que não viveram aquele período em saber da importância dos grupos musicais e entre eles o inobliterável Grupo Alcano.
P.S. Um abraço ao Carlos Maia (Alcano).
Recife, 14 de janeiro de 2023.
Hely Ferreira é cientista político e músico.