Opinião | Em primeiro lugar
Apesar de formar grandes craques no mundo do futebol, a última vez que a seleção da Argentina tinha conquistado uma Copa do Mundo foi em 1986. Época em que Maradona reinou de maneira isolada. Embora os brasileiros alimentem rivalidade futebolística com os argentinos, no que tange as relações econômicas, Brasil e Argentina são os maiores parceiros da América do Sul.
Mergulhado em um pseudo peronismo e uma crise econômica que parecia sem fim, o povo argentino resolveu apostar em algo diferente, acreditando que pior não poderia ficar mesmo sendo esdrúxula grande parte das propostas apresentadas pelo candidato que foi vencedor. Mas o tempo não é estático e as promessas de que livraria o país do caos financeiro que estava vivendo, seria resolvido até o momento não aconteceu. Lamentavelmente, guardada as devidas proporções, mas assim como uma parcela dos franceses se decepcionaram com a classe burguesa logo depois da Revolução Francesa muitos argentinos não mais acreditam que o atual governo poderá pelo menos arrefecer o estado calamitoso que o país se encontra. Para tanto, basta lembrar que o PIB encolheu 1,7 no primeiro trimestre de 2024 e no mês de setembro a popularidade caiu 15%, sendo a maior queda até o momento. Além do mais, a taxa de pobreza na Argentina cresceu 52,9%. Lembrando que no segundo semestre do ano passado (2023), durante o governo de Alberto Fernández o índice era de 41,7%. Portanto, com todas as medidas severas adotadas pelo atual pelo Senhor Javier Milei a qualidade de vida do povo argentino só fez piorar.
Olinda, 04 de outubro de 2024.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.