Opinião | Arranjos produtivos: desenvolvimento para todos os pernambucanos
Fazer o desenvolvimento de um Estado como Pernambuco passa não apenas pela atração de grandes empresas, mas também pelo desenvolvimento de pequenos negócios e pelo impulsionamento das vocações de cada município. Para promover uma melhora do ambiente de negócios, são essenciais investimentos que fomentem pequenos negócios e a inovação.
Pernambuco vem recebendo desde o último ano, aportes de Programas como o PE Produz, que visa interiorizar o desenvolvimento socioeconômico com aportes da ordem de quase R$ 15 milhões. Nesse modelo, mais de 1,5 mil famílias estão sendo contempladas por meio de projetos selecionados em diversas áreas, entre elas apicultura, piscicultura, fruticultura, polo de confecção, bacia leiteira, entre outros.
Como forma de atender de forma mais direta setores em franca expansão aqui no Estado e que precisam do apoio do Governo, surgiram ainda o PE Produz Confecções e o PE Produz Bacia Leiteira. O primeiro, direciona a compra de fardamentos para alunos da Rede Estadual de Educação por micros e pequenos empresários do Polo de Confecções do Agreste. Nosso Polo de Confecções possui mais de 2 mil empresas formais, grande parte pequenos e médios produtores, que produzem cerca de 50 milhões de peças por ano.
Já com o PE Produz Bacia Leiteia, o Governo passa a conceder benefícios fiscais nas operações de leite e derivados para a indústria local para quem compra de produtores rurais pernambucanos. O decreto oferece isenção de ICMS nas saídas internas de produtos derivados do leite, como queijo, requeijão e doce de leite, feitas pelo produtor rural, fabricados artesanalmente. Muita gente não sabe, mas Pernambuco é um dos maiores produtores de leite do Nordeste, com 27 municípios que soman cerca de 60 mil produtores, responsáveis pela produção de, aproximadamente, 2,3 milhões de litros por dia.
Toda a força pernambucana deve ser aproveitada, dando oportunidade para todos, incluindo aqueles invisíveis, contribuindo para o crescimento do Estado.
Entendo que desenvolvimento é feito coletivamente por quem produz, por quem consome e por que institui políticas públicas.