Opinião | Apêndice eleitoral
No ano de 1824, foi outorgada a primeira Constituição brasileira, porém, em maio de 1826 é que foi instalado o Senado, tendo como presidente o Marquês de Santo Amaro. Ressaltando que a época o senador deveria ter no mínimo 40 anos, ter rendimento anual de pelo menos 800 Mil Réis e ser brasileiro nato.
Quando se trata de eleição para o Senado, especialmente de Pernambuco, a história demonstra que o eleitor gosta de pegar peripécia. Diferentemente dos demais cargos legislativos, o critério adotado para ser eleito senador é o majoritário. Mesmo assim, muitos enxergam a candidatura ao Senado como um apêndice a de governador, esquecendo ou desconhecendo que os senadores representam os Estados da Federação.
Os que costumam acompanhar a história das eleições do Leão do Norte devem lembrar que em 1986, duas vagas estavam sendo disputadas para o Senado. As pesquisas apontavam que o professor Roberto Magalhães, proporcionalmente, seria o senador mais votado do Brasil. Surpreendendo a muitos, foi o terceiro colocado. Em 1994, outra “surpresa” nas urnas. O ex-governador Carlos Wilson foi o mais votado pra o Senado, contrariando as pesquisas que o dava como derrotado. No ano de 2010, mais uma vez, contrariando ao que se falava, o senador mais votado foi Armando Monteiro Neto. Assim como os anos que foram mencionados, em 2026, a disputa será por duas vagas ao Senado. Será que teremos alguma surpresa?
P.S. Parabéns pelos cinquenta e um anos de fundação do Grupo Alcano.
Olinda, 16 de janeiro de 2025.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.