Opinião | Apatia eleitoral
Durante muitos anos a marca principal de demonstração da força de uma candidatura era o número de pessoas que se conseguia colocar diante de um palanque para ouvir as mensagens proferidas pelos candidatos. Naquela época os moradores faziam questão de ornamentarem as ruas para recepcionarem seus candidatos. Diferentemente da atualidade, o declínio da credibilidade do discurso político, fez por onde naturalmente crescesse o distanciando entre eleitor e candidato, fazendo com que o modus operandi das campanhas fossem revistos.
A redução do tempo das campanhas tem provocado a necessidade de ser repensado o modus operandi. Um dos desafios é provocar no eleitorado à vontade e consequentemente a identificação com os candidatos. É bem verdade, que em tese, as eleições municipais tornam os leitores mais preocupados em querer participar. Afinal, eles vivem no município e pelo menos em tese, prefeitos e vereadores são mais próximos. Infelizmente, parece que aquele modelo de campanha eleitoral que produzia catarse aos poucos vem se exaurindo o que não é de estranhar, já que tem candidato dizendo que eleição não é uma festa. Se a afirmativa for verdadeira, então qual é o dia da festa da democracia?
Olinda, 07 de setembro de 2024.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.