Francisco: o papa para ser tocado

Certa vez um estudioso da Igreja Católica disse que João Paulo II foi o papa para ser visto, Bento XVI escutado e Francisco tocado. Hoje, o mundo celebra os 10 anos da eleição do primeiro papa latino-americano. 

Assumindo a cátedra de Pedro após uma renúncia histórica do seu antecessor, Jorge Mario Bergoglio estava se preparando para se aposentar quando o conclave escolheu seu nome para o posto mais importante do catolicismo. 

Tocando uma reforma dura na Cúria Romana, quebrando paradigmas de séculos, tinha que ser um argentino com sangue latino para enfrentar os duros ataques de alguns setores da própria Igreja. Se manteve resiliente. Não foi uma década fácil, mas frutífera. Intermediou conflitos, usou da diplomacia como poucos e passou por uma pandemia. 

Francisco entra pra história com sua fala simples, jeito simples e renunciando as pompas que o papado traz. É um jesuíta com o pé no santo de Assis que escolheu como nome pontifício. Tem pela frente discursões duras como o celibato dos padres, reforma econômicas e protagonismo dos leigos. 

Resta-lhe agora a coragem do apóstolo do qual ele o 266º sucessor para continuar reconstruindo a Igreja como profetizou São Francisco ao ver a pequena porciúncula.