Fazendo história | A noite do Pêra-Manca
Foto: Reprodução da internet
O ano era 2014, o vice-governador João Lyra Neto convidou para jantar dois socialistas históricos, secretários de Eduardo Campos. O objetivo do encontro era atraí-los para aderirem à articulação do vice-governador que se movimentava para ser o sucessor de Eduardo.
O que João Lyra não esperava era que haveria um terceiro convidado no jantar, levado pelos secretários: era o então titular da Fazenda, Paulo Câmara, que não apresentava qualquer aspiração política na ocasião.
No auge do jantar, um amigo em comum a todos se dirigiu ao grupo com uma garrafa do vinho Pêra-Manca, icônico de Portugal, feito em solo que respira a história escrita por romanos, mouros, reis, heróis e sem medo. Lyra sugeriu no mesmo instante que o vinho deveria ser tomando em ocasião especial, no dia que Eduardo anunciasse a escolha do seu sucessor. Todos concordaram e elegeram Paulo Câmara como guardião do vinho que mais parecia uma jóia.
E assim se cumpriu: na noite do dia 20 de fevereiro de 2014, Paulo Câmara convidou os socialistas que estavam presentes naquele jantar para sua casa e brindaram o famoso vinho. Claro, sem a presença do governador João Lyra, que preferiu se recolher no seu tradicional sítio Macambira, por não ter sido o ungido por Campos. Meses depois, Paulo foi eleito governador e o resto da história vocês sabem!
Por Elielson Lima - editor deste blog