“Eu tenho escutado a população dizer que, em Recife, agora tem que ter hora para adoecer”, afirma Dani Portela
Foto: Fran Silva/Equipe Dani Portela
A candidata à Prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/Rede), destacou suas principais propostas para o Recife durante uma série de sabatinas hoje (26). Focando em áreas como habitação, saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública e políticas sociais, Dani ressaltou sua preocupação com a desigualdade na cidade e a falta de atenção às necessidades da população mais vulnerável.
Em relação à saúde, Dani criticou o sistema atual, mencionando que, apesar da ampliação dos horários de atendimento, o serviço ainda deixa a desejar, com rodízios nos postos de saúde que dificultam o acesso da população. “Antes, a pessoa ia ao posto de saúde perto da sua casa e era atendida em qualquer horário, dentro do horário estabelecido de funcionamento. Mas agora tem acontecido rodízio: no horário das 7h às 14h, são atendidos os bairros A e B, das 14h às 19h, demais bairros. Então, se a pessoa sentir-se mal fora do horário de atendimento do seu bairro, ela não poderá ser atendida perto da sua casa. Eu tenho escutado a população dizer que, em Recife, agora tem que ter hora para adoecer”, apontou.
Na educação, a candidata, que também é professora, enfatizou a importância de investir na educação infantil e básica, além de valorizar os profissionais da área. Dani se opôs ao modelo de parcerias público-privadas para a construção de creches, defendendo que o foco deve estar na formação e nas condições de trabalho dos educadores.
Sobre segurança pública, Dani manteve sua posição contrária ao armamento da Guarda Municipal, destacando que a prioridade deve ser a valorização e estruturação da carreira dos guardas, antes de se discutir o uso de armas de fogo.
“Esse debate de armar ou não a Guarda Municipal é um debate que acontece há décadas em vários municípios. O discurso de armar é fácil, mas hoje temos uma guarda com o pior salário do país, que é extremamente precarizada. Hoje, como Deputada que sou, uma das nossas emendas foi a de investir na instalação de containers junto dos postos de patrulha. Esses guardas hoje não têm banheiro, onde tomar um copo d'água e nem onde se alimentar. Uma Guarda mal estruturada. A Guarda Municipal do Recife possui armamentos não letais e dia desses esses armamentos estavam faltando nos depósitos. Então, diante de todos esses problemas, achar que munir com arma de fogo vai resolver o problema da violência da cidade, não vai. Mais do que colocar uma arma nas mãos desses profissionais, é essencial primeiro valorizar. Estruturar carreira, dar condições de trabalho e no futuro discutir se arma ou não”, argumentou.
Na mobilidade urbana, Dani propôs a implantação da Tarifa Zero Progressiva, começando com a isenção de tarifa para jovens de 18 a 29 anos, como forma de aliviar o custo do transporte público para a população desempregada. Ela criticou o atual modelo de gestão do Consórcio Grande Recife, sugerindo uma revisão para torná-lo mais justo e eficiente.
Por fim, Dani abordou a questão das políticas sociais, com ênfase na crescente população em situação de rua no Recife. Ela defendeu a criação de um programa de transferência de renda e o fortalecimento das redes de assistência social para enfrentar a pobreza extrema e proporcionar suporte adequado a essas pessoas.
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