E agora Roberto?
Antes de tudo, quero iniciar o texto agradecendo ao Elielson pelo espaço e por poder tratar de um assunto bem pessoal.
Desde criança que gosto de futebol. Foi justamente na infância que comecei ouvindo as narrações do José Mariano de Queiroz, popularmente conhecido por Roberto Queiroz e continuei seu ouvinte fiel. Onde ele estivesse narrando, com certeza eu estaria acompanhando seu trabalho. Não sabia que ao tornar-me adulto, teria o privilégio de conhece-lo e consequentemente, inúmeras vezes conversar com o ele. Mas a vida por intermédio do Espírito Absoluto, nos proporciona situações inexplicáveis. Foi justamente, nas andanças da vida que fui professor de um dos filhos do “garganta de aço”, além de trabalhar com o seu sobrinho, filho do também saudoso Mané Queiroz.
Roberto, pertencia a chamada velha escola da crônica esportiva brasileira, que ao longo dos anos construiu um legado e consequentemente grande número de seguidores. O falecimento de Roberto Queiroz, com certeza, cria uma lacuna na crônica esportiva nacional. Fica agora a lembrança da oz possante e de um estilo exclusivo de narrar uma partida de futebol. Entretanto, seu falecimento fez reverbera a seguinte pergunta: o que será, principalmente das tardes de domingo sem o grito de gol do “garganta de aço”. E agora Roberto, o que será do rádio esportivo brasileiro sem você?
Olinda, 26 de julho 2022.
Hely Ferreira é cientista político.