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Álvaro Porto defende manutenção de batalhão da PM em São Lourenço e pede unidade própria para Camaragibe


Por: REDAÇÃO Portal

22/04/2025
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Deputado diz que pernambucanos esperam, do governo estadual, políticas que restaurem a tranquilidade e o direito de ir e vir

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, fez apelo ao governo do estado para que seja revisto o decreto que determina o encerramento das atividades do 20° Batalhão de Polícia do município de São Lourenço e sua transferência para Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. 

Em discurso no plenário, nesta terça-feira (22.04), o deputado argumentou que em vez de fechar um batalhão da PM para criar outro, configurando uma simples troca de endereço já contestada e criticada até mesmo por governistas, o Executivo poderia criar um batalhão próprio para Camaragibe.

“São Lourenço e sua população de aproximadamente 117 mil habitantes não merecem perder o equipamento que já funciona ali há mais de duas décadas, prestando serviços essenciais à população, principalmente diante da inexistência de uma delegacia com plantão 24 horas e de uma Delegacia da Mulher”, afirmou. 

Segundo ele, é importante destacar também que Camaragibe e seus mais de 147 mil habitantes necessitam, da mesma forma, de segurança e ações efetivas do Estado. “Portanto, o atual contexto de insegurança indica que seria uma saída mais lógica dotar Camaragibe de um batalhão próprio sem que, para isso, seja necessário desmontar o de São Lourenço”, frisou.

Para o presidente da Alepe, encerrar as atividades de um batalhão já consolidado num município para levá-lo a outro sem um comunicado, uma explicação ou preparação prévia é uma decisão que tem causado estranheza. “Ainda mais quando os dois municípios carecem de mais segurança”, salientou. 

Álvaro Porto lembrou que o decreto da governadora Raquel Lyra tem sido interpretado como uma ação de perseguição, uma vez que o prefeito de São Lourenço, Vinicius Labanca, um dos que obtiveram votação superior a 90% na reeleição, é do PSB, sigla que faz oposição à governadora. Porém, segundo discursou o deputado, é preferível não colocar a decisão do governo do estado nestes termos. 

“Acreditamos na sensatez da governadora e apelamos para que ela reveja o decreto mantendo o batalhão em São Lourenço e criando uma unidade em Camaragibe e em outras localidades”, frisou. 

Porto destacou que onda crescente de violência nas cidades do interior, no Grande Recife e, especialmente, as ações do crime organizado em várias regiões de Pernambuco apontam para uma realidade que exige poder de decisão do governo do estado. “Esta realidade requer melhores e mais equipamentos para as polícias, mais viaturas, mais inteligência, mais policiais, enfim, mais investimento, trabalho e resultados”. 

Ele observou ainda que recursos não faltam ao governo, uma vez que o  Executivo tem conseguido empréstimos aprovados pela Alepe, além de contar com milhões do governo federal, do fisco estadual, entre outras outras fontes. “Assim sendo, é preciso que as ações de combate à violência façam efeito e deem à população a tranquilidade e a necessária sensação de segurança”.

Segundo Porto, o povo de Pernambuco precisa e espera mais investimentos neste setor. “Ipojuca e Porto de Galinhas, por exemplo, deveriam ser destino de um batalhão de polícia específico, reforçando o combate ao crime organizado, ao comércio de drogas, e roubos e assaltos que assolam aquela área, atualmente dominada por facções”, disse. “Estes grupos criminosos espalham medo entre moradores, impõem a lei do silêncio e atraem jovens para a bandidagem”, completou. 

No discurso, o deputado destacou que, segundo o site da Policia Militar de Pernambuco, Porto de Galinhas e cerca de outras 60 comunidades e bairros de municípios do Litoral Sul são atendidos pelo 18º Batalhão, sediado no Cabo de Santo Agostinho. Diante deste quadro, ele argumentou que seria estratégico Ipojuca passar a ter um batalhão próprio, estruturado para enfrentar a realidade apresentada ali. 

O presidente da Alepe lembrou ainda que o Agreste, do mesmo modo, precisa de ações urgentes. Ressaltou que Canhotinho, por exemplo, convive com o terror por conta do Centro de Ressocialização, onde presos desfrutam do regime semiaberto deixando a população eternamente em alerta e acuada. “Por razões claras, o município sonha com a transferência desse presídio para uma outra localidade”. 

De acordo com ele, também por motivos óbvios, os pernambucanos aguardam políticas que restaurem a tranquilidade, o direito de ir e vir e a confiança no poder público. “O estado precisa de mais batalhões, de polícias bem preparadas e equipadas, de investimentos efetivos e de liderança para promover a segurança que Pernambuco espera”. 

Ao final do discurso, Porto ressaltou que a Assembleia, além de fiscalizar e cobrar, permanece mobilizada para colaborar com o Governo no que for possível na busca de soluções para a segurança pública. “O povo de Pernambuco já não suporta viver apavorado e refém da violência”, arrematou. 


 

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