Alepe promove seminário inédito sobre segurança pública para debater ações de combate à criminalidade

Participantes elogiaram a iniciativa do Legislativo e secretário de Defesa Social a comparou ao Pacto Pela Vida

O primeiro dia do seminário “Contribuição do Poder Legislativo para a Segurança Pública em Pernambuco”, nesta quinta-feira (1º), reuniu diversas autoridades como os secretários de Defesa Social, Humberto Freire; e de Justiça, Clovis Benevides; o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas, além de profissionais da área de segurança e alunos do primeiro curso de formação de lideranças em segurança, uma das ações do programa “Lideralepe”. 

Uma iniciativa inédita promovida pela Alepe, o seminário foi realizado no auditório Sérgio Guerra, sede do Legislativo. O secretário de Defesa Social, que representou o governador Paulo Câmara no evento, ressaltou que a Alepe proporciona um importante momento de reflexão e de compartilhamento de informações e soluções em torno da segurança pública no Estado. O gestor comparou a iniciativa do Legislativo ao que se propõe o Pacto Pela Vida. 

“A segurança pública não pode mais ficar acastelada, discutida apenas em salas e gabinetes. O Pacto Pela Vida é o que vemos hoje: a discussão ampla sobre a problemática da segurança. A Alepe é componente do Pacto e tem assento no comitê executivo do Pacto. O presidente Eriberto Medeiros participa constantemente das reuniões e tem contribuído muito, não apenas com esse debate, mas no encaminhamento de leis necessárias”, ressaltou Humberto Freire. 

O procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas, parabenizou a Alepe pela iniciativa e pelo protagonismo na pauta da segurança pública. “Tenho certeza de que esse seminário traz a oportunidade para que os representantes das forças de segurança tratem de suas agendas, anseios e angústias”. 

À frente da secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Cloves Benevides destacou a importância do debate enquanto forma de avaliar o quanto o Poder Legislativo pode avançar nos debates relacionados às políticas de segurança.  

“A Assembleia tem marcado em Pernambuco posições muito importantes para fortalecer o modelo de gestão de segurança pública, representada pelo Pacto pela Vida, com a integração das várias áreas”, pontuou. 

O gestor citou algumas iniciativas da Alepe consideradas por ele como históricas: a 1ª Lei de Prevenção Social no Basil, o reconhecimento da polícia penal e a aprovação da Lei Estadual de Alternativas Penais. 

Para o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PSB), o tema da segurança pública norteou as principais ações do Poder Legislativo que, através de escutas de todos os segmentos, buscou intermediar e construir pontes com outros órgãos e instituições.  

“Buscamos dar nossa contribuição, enquanto porta-voz do povo, para uma melhor qualidade ao trabalho desses profissionais e promover avanços na categoria. Acreditamos que com isso, você salva mais vidas e protege o patrimônio da sociedade”. 

Na ocasião de abertura do evento, nesta quinta-feira, os formandos do curso de formação de lideranças em segurança pública foram certificados pela especialização. O curso é o primeiro na área, promovido pela Escola do Legislativo da Alepe em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco. 

Palestras 

O seminário abriu os painéis de debate com uma importante discussão em torno da urgência de o estado elaborar um Plano de Defesa de combate aos modelos tipicamente brasileiros de ações criminosas que se impõe nos tempos de hoje: os chamados “novo cangaço” e “domínio de cidades”.  

Autor dos termos, o agente da Polícia Federal, Ricardo Matias, explicou que o chamado novo cangaço se trata de “de um tipo de ação criminosa, cujo alvo principal é o roubo de bancos em pequenos municípios”. Em referência ao termo domínio de cidades, esclareceu se tratar “de uma forma de atuação bem mais sofisticada que miram variadas formas de assaltos em cidades de médio e grande portes. 

“As forças de segurança ainda não se atentaram para essa questão. Cidades grandes como Caruaru, Petrolina e Garanhuns precisam de Planos de Defesa para evitar esses ataques. O criminoso faz a escolha racional do crime. Se ele sabe que determinado local dispõe dessa ferramenta que contém seu ataque, ele vai roubar em outro local”, alertou o agente da PF. 

Infiltração virtual 

Ainda neste primeiro dia de seminário, foram debatidos os impactos do Pacote Anticrime na atividade policial, palestra proferida pelo consultor legislativo da Alepe, Victor Barreto.  

O palestrante destacou as mudanças da legislação que interferem no trabalho dos profissionais, como a “cyber infiltração”, e a regulamentação das chamadas escutas clandestinas que, agora, só podem ser utilizadas em matéria de defesa e não mais a favor da acusação.

O seminário prossegue nesta sexta-feira (2) com com palestras e painéis sobre Modelos de Policias em Outros Paises; Sistema Carcerário; O Narcotráfico e Facções Criminosas, etc.