Unidade da Funase no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, é desativada

O equipamento é marcado por rebeliões, mortes e superlotação.

09/01/2025

Foto: Divulgação/Funase

O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, teve as atividades completamente encerradas nesta quarta-feira (8). A unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) é marcada por rebeliões e mortes, além de superlotação.

A informação havia sido confirmada pela Funase à CBN Recife em agosto. À época, a Fundação disse que a iniciativa faz parte do reordenamento das unidades. O Case do Cabo de Santo Agostinho tinha capacidade para 60 socioeducandos. Aqueles que permaneciam na unidade foram realocados para o Case Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes.

Dentre os episódios de violência no Case Cabo de Santo Agostinho, em 2012, três adolescentes foram assassinados durante uma rebelião. Inclusive, com uma das vítimas sendo decapitada. Cerca de 368 socioeducandos estavam abrigados no local, entre 17 e 21 anos. No entanto, a capacidade comportava apenas 166.

Em 2025, a Funase conta nove unidades de internação espalhadas por Pernambuco, com público-alvo entre 12 e 21 anos incompletos. 287 das 427 vagas estão preenchidas, o que corresponde a um cenário sem superlotação.