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Saúde

SES-PE recomenda cuidados da Febre do Oropouche em mulheres gestantes


Por: REDAÇÃO Portal

Medida vem após possível perda gestacional causada pela arbovirose numa mulher com 30 semanas de gravidez, em Rio Formoso

19/07/2024
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Medida vem após possível perda gestacional causada pela arbovirose  numa mulher com 30 semanas de gravidez, em Rio Formoso

Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio das gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc), lançou uma nota técnica com observações a respeito das implicações e cuidados da Febre do Oropouche em mulheres gestantes. Com a investigação de uma possível perda gestacional causada pela arbovirose, numa mulher com 30 semanas de gravidez, residente em Rio Formoso, os técnicos da SES-PE traçaram linhas de atuação.

A Nota "Arboviroses e os Cuidados na Gestação" reforça as medidas de proteção que alertam sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês. Além disso, em virtude dos efeitos da Febre do Oropouche serem pouco compreendidos, nos dias atuais, traz orientações relativas à assistência, direcionadas aos profissionais que estão na ponta.

A SES-PE destaca algumas medidas de prevenção, como: o uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo; uso de roupas compridas de cor clara; mosquiteiros e telas nas residências; uso de inseticida e larvicida; vedação de caixas de água e outros recipientes; garrafas sempre emborcadas; limpeza de quintal e calhas; além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

Na Nota Técnica, a assistência recebeu uma atenção particular das equipes da SES-PE. Além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos - febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor retro-ocular, dor abdominal intensa, manifestações hemorrágicas, entre outros -, foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliar sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa; e ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR). A pessoa com útero grávida, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, deve ser instruída a repousar; reforçar a hidratação; solicitar hemograma de plaquetas para controle basal; e manter monitoramento até 48h de queda da febre. Para gestantes com risco, encaminhar para internamento.

A Febre do Oropouche é uma doença conhecida no Brasil desde os anos 60, responsável por epidemias no Estado do Pará, na Região Norte do país. É uma arbovirose descrita na literatura como uma doença de evolução benigna, mesmo em casos graves, e é transmitida pelo inseto conhecido como maruim e causadora de quadro semelhante a outras arboviroses. Conta, ainda, como vetor secundário, o pernilongo, também conhecido no Nordeste brasileiro por muriçoca, um culicídeo versátil na transmissão de doenças endêmicas na região. O horário de maior atividade dos vetores é ao entardecer e início da noite.

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