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Rodoviários recusam proposta de reajuste salarial e anunciam greve

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Por: REDAÇÃO Portal

Paralisação deve ocorrer no dia 12 de agosto e seguirá por tempo indeterminado

07/08/2024
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Paralisação deve ocorrer no dia 12 de agosto e seguirá por tempo indeterminado

Foto: Divulgação/Sindicato dos Rodoviários

Após assembleias com a participação de mais de 800 rodoviários, a categoria rejeitou as propostas do Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco) e anunciam paralisação para o dia 12 de agosto. A paralisação, que seguirá por tempo indeterminado, irá comprometer todo o serviço de transporte rodoviário do Grande Recife.

Entre as reivindicações da categoria está o reajuste salarial de 5% de aumento real. A Urbana-PE, nas últimas negociações, sugeriu apenas 0,5% de aumento acima da inflação. Além de melhoria no salário, os rodoviários sinalizam que não houve avanços em relação a principal demanda da categoria, que é a obtenção de um plano de saúde. Também pontuam a falta de diálogo com a Urbana-PE sobre melhorias no Controle das Horas de Trabalho.

Por meio de nota, o Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR informou: "Diversas tentativas de negociação foram feitas; nas quatro mesas que tivemos até aqui, objetivamente, não houve nenhum avanço por parte dos empresários numa proposta que trouxesse algum benefício concreto à categoria. Afinal, pela proposta ficam inalteradas as cláusulas de controle de jornada por GPS, que lesam diretamente o trabalhador e que o sindicato defende que seja retirada.

Em resposta, por meio de nota, a Urbana-PE afirmou que "se manteve aberta ao diálogo durante todo o processo, apresentou propostas concretas". Alertou ainda que "esses movimentos, assim como as tratativas acerca das negociações, têm contado com o envolvimento direto de grupos de não rodoviários com motivações políticas e até de sindicalistas de outros estados, sem qualquer relação com a categoria local ou compromisso com os seus pleitos" e que só no ano de 2024 "a RMR já sofreu com 29 paralisações ilegais promovidas pelas lideranças rodoviárias, que parecem ter sido estendidas para coincidirem com o período eleitoral". Por fim, a Urbana-PE assegurou que "se empenhará para manter a oferta do transporte público por ônibus e minimizar os prejuízos para a população e para a economia local".

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, pontua que a campanha salarial está longe de ter cunho político: "Nós levamos a proposta da Urbana-PE e os trabalhadores rejeitaram. Nós estamos agora apresentando a data da greve. Não é o Sindicato que decreta a greve, é a categoria. E dizer que isso aqui tem cunho político é de pura má fé; nem candidato eu sou. O que, na verdade, existe aqui é uma dificuldade de avançar nas negociações com a Urbana-PE. Nós tivemos algumas reuniões que não avançaram. A proposta que eles apresentaram não contempla a categoria, principalmente porque eles recusam avançar na principal demanda, que é um plano de saúde – Pernambuco é o único estado do Nordeste que não tem. Além de querer dar um aumento e tirar do outro lado, porque tem cláusulas, que foram aprovadas nas gestões anteriores, que prejudica, que tira dinheiro do trabalhador".

Nos próximos dias, caso haja novas negociações com o Governo do Estado ou com a Urbana-PE, é possível que a greve seja suspensa se os rodoviários receberem propostas condizentes com as demandas reivindicadas.

Com apuração da repórter Taynã Olimpia.

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