Polícia apreende 3,5 mil armas de gel irregulares vendidas em cinco lojas do Recife

Cinco pessoas foram presas em flagrante por comercializar, no Recife, armas de gel irregulares. Na mesma operação da Polícia Civil de Pernambuco, que visitou cinco lojas no Centro da cidade na última sexta-feira (13), 3.510 unidades do produto foram apreendidas. As armas de gel estavam sendo vendidas no Bairro de São José, um dos principais centros comerciais de rua do Recife.

Os dispositivos, que atiram bolinhas de gel e já são responsáveis por mais de 80 pessoas com ferimentos oculares, apresentam o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Mas, segundo o coordenador de qualidade industrial do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Nelson Rattacaso, a categorização da arma de gel como um "brinquedo" é indevida.

De acordo com a Polícia Civil, as armas de gel não podem ser consideradas brinquedos e sua utilização pode resultar em crimes como perturbação do sossego, lesão corporal, dano ou vandalismo.

Com a grande utilização das armas de gel, Pernambuco já contabilizou, só em dezembro deste ano, 218 acionamentos envolvendo o equipamento foram notificados pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social. As apreensões dos dispositivos e as prisões dos comerciantes ocorreram por causa da ausência de notas fiscais, como explica o delegado Hilton Lira, da Delegacia do Consumidor:

A venda dos equipamentos ainda não está proibida na capital pernambucana. Mas em Paulista e Olinda, cidades da Região Metropolitana, a venda já está vetada. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) informou que em 2025, após o recesso do plenário, irá discutir projetos de lei para regulamentar o uso das armas de gel em todo o Estado.