Pernambuco tem novas 10 confirmações da Febre Oropouche e totaliza 82 casos

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o Laboratório Central de Pernambuco (LACEN) confirmou novos 10 casos de Febre do Oropouche no estado: agora, totalizando 82 registros.

O vírus foi identificado, de maneira isolada, em pacientes de 13 municípios pernambucanos: Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe. Os últimos 10 casos são de Jaqueira, na Mata Sul, e Camaragibe, no Grande Recife.

Outros estados do Nordeste também tem registrado aumento no número de casos de Febre do Oropouche. A última atualização da Secretaria Estadual do Maranhão confirmou 18 casos; no Rio Grande do Norte, 16; mas chama a atenção a situação na Bahia: 835 casos de Oropouche já foram confirmados em 2024, além de dois óbitos. 

Em todo o país, durante este ano, 7 mil casos foram identificados pelo Ministério da Saúde (MS), que investiga quatro óbitos. O aumento dos casos preocupam, especialmente quanto a mulheres grávidas, devido à possível ligação com microcefalia em bebês, que está sendo estudada.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a Febre do Oropouche é causada por um arbovírus, transmitido pelo mosquito popularmente conhecido como maruim. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, durante a construção da rodovia que liga Belém a Brasília. 

Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito, que ao picar outra pessoa saudável, atua como transmissor. 

Os sintomas são muito parecidos com os da dengue e da chikungunya, como dor de cabeça, nos músculos e nas articulações; náusea e diarreia. O diagnóstico da Febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial. Não há tratamento específico para Febre, sendo necessário repouso e acompanhamento médico.

Ouça a matéria do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima