Pernambuco detecta primeiros casos de metapneumovírus do ano

Os primeiros casos do Metapneumovírus humano (HMPV) de 2025, foram detectados no estado de Pernambuco. Duas crianças do sexo feminino, com 1 ano e 7 meses e a outra de 3 anos e 11 meses, tiveram diagnósticos confirmados para a doença. Elas apresentaram febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia.

As meninas, que são moradoras das cidades do Recife e Jaboatão dos Guararapes, já tiveram alta hospitalar.

As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). O vírus foi identificado na quarta-feira (15) e divulgado nesta sexta-feira (17) pela Secretaria de Saúde do Estado (SES-PE)

De acordo com a Secretaria, o HMPV é um vírus respiratório que pertence à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e circula em diversos países, vale ressaltar que o mesmo já circula há 20 anos no Brasil.

Embora a maioria dos casos apresente sintomas leves, como tosse, febre e congestão nasal, o quadro pode evoluir para uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente em indivíduos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.

“A ocorrência desse vírus no Estado não é inusitada nem incomum, havendo registros de casos positivos, em maior ou menor magnitude em anos anteriores, sendo mais intensos em 2016 (15 casos) e em 2022 (27 casos)”, diz a SES-PE.

Ainda segundo a secretaria de saúde, não há vacinas para prevenção do vírus, mas é de extrema importância que a população esteja com a carteira vacinal atualizada, inclusive aqueles que têm indicação (vacinas contra Gripe e Covid-19), pois evita quadros de cocirculação.

“No Brasil, o vírus circula há mais de 20 anos, sendo registrado pela primeira vez em 2004. Em 2001, ele já havia sido identificado na Holanda. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde, reforça que apesar do aumento do número de casos identificados em países do Hemisfério Norte, o HMPV não é considerado um vírus de grande preocupação na comunidade científica. Por enquanto, não há aumento de casos que caracterize uma epidemia ou uma pandemia provocada por este vírus”, destacou o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas.

Prevenção

De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), em lugares fechados, usar máscara de proteção facial; manter os ambientes bem ventilados; cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; higienizar as mãos e evitar tocar na área dos olhos, nariz ou boca.