Negativa familiar é responsável por 50% da não efetivação da doação de órgãos em Pernambuco

O dia 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Através desse tipo de doação, o cidadão que morreu por morte cerebral pode salvar cerca de 10 pessoas, através da doação de órgãos como as córneas, coração, fígado, pulmão, rins, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem. Entretanto, o estado de Pernambuco tem 2.587 pacientes aguardando na fila de transplante. Além disso, um número considerável de famílias não permite a doação dos órgãos dos parentes falecidos, como explica o médico hepatologista Cláudio Lacerda. "Diante de uma pessoa que tem morte cerebral, cujos órgãos podem ser utilizados para recuperar vidas, a Central de Transplante de Órgãos do estado entrevista essas pessoas, perguntando se elas permitiriam que os órgãos do seu ente querido, com morte cerebral, sejam utilizados. Um percentual de 50% das famílias dizem não para a doação. Ou seja, preferem que os órgãos sejam enterrados do que servirem apra recuperar vidas".

Pelo menos 153 pessoas estão na fila de transplante esperando a doação de fígado. Para ser doador de órgãos é preciso comunicar à família, já que somente os parentes podem autorizar a doação. Por isso é importante conversar com a família e deixar clara a intenção de doar órgãos e salvar vidas, caso venha a falecer.

Ouça a notícia com o repórter João Paulo Ribeiro, clicando no 'play' acima.