Mesmo após obra emergencial de recuperação, pista do Aeroporto de Noronha está em “situação igual ou abaixo de ruim”, segundo relatório
Desde 12 de outubro, pouso e decolagem de aviões de grande porte em Noronha está proibida. Obra emergencial custou aos cofres públicos R$ 1,2 milhão
Foto: Reprodução/g1
Um relatório contratado pelo Governo de Pernambuco para avaliar a situação da pista de pousos e decolagens do Aeroporto de Fernando de Noronha após obra emergencial para recuperação do pavimento, que teve investimento total de R$ 1,2 milhão, apontou que, mesmo após os reparos, que a maior parte da estrutura ainda se encontra “em situação igual ou abaixo de ruim”.
A denúncia, feita por Matheus Santos, correspondente da Folha de S. Paulo em Pernambuco, aponta que o relatório, produzido por uma empresa privada especializada em infraestrutura aeroportuária, além de detalhar a “situação igual ou abaixo de ‘Ruim’” dos pavimentos, afirma que mais de 42% das áreas da pista estão em condições inferiores ao nível de serviço. Segundo o relatório, dos sete níveis do Pavement Condition Index (PCI) — o índice internacional da medição da condição dos pavimentos, que varia de 0 (péssimo) a 100 (excelente), a pista do Aeroporto de Noronha está no terceiro pior, abaixo de 40.
Ainda de acordo com o documento, “a pista de taxi A e a segunda e terceira seção central da Pista de Pouso e Decolagem (PPD) são as áreas mais críticas no sistema de pistas e pátios do aeroporto com nível de PCI "Péssimo", por conta da densidade e severidade dos defeitos existentes”.
Relembre o caso
Em 6 de outubro, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determinou a restrição parcial, a partir do dia 12 do mesmo mês, das operações de pouso de aeronaves com motores à reação, isto é, turbojatos como o Boeing 737, devido à “verificação de risco à segurança das operações, dos passageiros e tripulantes”.
Na última quarta-feira (07), representantes do Governo do Estado foram até a sede da Anac, em Brasília, para entregar relatório de detalhamento da obra emergencial. Contudo, a Agência solicitou mais informações, o que, consequentemente, manteve a proibição de pouso e decolagem de aviões de grande porte.
O que diz o Governo
A CBN Recife entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco (Seinfra), questionando tanto a veracidade do documento quanto o posicionamento da pasta e do Governo Estadual, mas ainda não obteve resposta.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
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