Fiocruz investiga a Febre do Oropouche em Pernambuco; novo teste será desenvolvido

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculados ao Departamento de Referência em Arboviroses e ao Serviço de Referência em Controle de Mosquitos Vetores, passarão a pesquisar a disseminação da Febre do Oropouche em Pernambuco, após a identificação de 86 casos, a confirmação da morte de dois fetos infectados com o vírus e a investigação de outros dois. 

Ainda não há comprovação da relação entre as quatro mortes e o arbovírus em Pernambuco, no entanto, nesta quinta-feira (25), o Ministério da Saúde confirmou o óbito de mulheres adultas por Febre do Oropouche, nas cidades de Valença e Itabuna, na Bahia. Um terceiro caso está sendo investigado. Até então, de acordo com a pasta, "não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos pela doença".

O grupo de cientistas atuará, em Pernambuco, desenvolvendo um teste sorológico, com o objetivo de auxiliar a testagem de casos junto ao Laboratório Central de Pernambuco (LACEN).

Além disso, os pesquisadores da Fiocruz também devem capturar maruins e outros insetos que possam estar transmitindo o vírus causador da Febre do Oropouche, e fazendo treinamentos e pesquisas específicas sobre a doença. Inclusive, os pesquisadores conseguiram identificar que os casos estão concentrados próximo à área de Mata Atlântica no estado, mas diferentes biomas serão analisados.

Foram confirmados casos de Febre do Oropouche em 14 municípios pernambucanos. Os sintomas são muito parecidos com os da dengue e da chikungunya, como dor de cabeça, nos músculos e nas articulações; náusea e diarreia. Não há tratamento específico para Febre, sendo necessário repouso e acompanhamento médico.