Expectativa de vida sobe para 75,5 anos após queda na pandemia

A expectativa de vida ao nascer no Brasil atingiu 75,5 anos, em 2022, mostrando uma recuperação parcial após quedas em 2021 e 2020, impactadas pela pandemia de covid-19. Baseado no Censo Demográfico de 2022, a pesquisa contrasta com anos anteriores que usavam projeções populacionais de 2018, derivadas do Censo de 2010.

Pela primeira vez, o impacto da pandemia na expectativa de vida é evidente, levando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a revisar dados anteriores. Em 2020, a expectativa era de 74,8 anos, dois a menos que o estimado. Em 2021, durante o auge da pandemia, a projeção foi de 72,8 anos, 4,2 anos a menos que a divulgação anterior de 77 anos.

Comparando com os anos pré-pandemia, o IBGE revisou as expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). A esperança de vida ao nascer em 2022, após a revisão, é a menor desde 2017, excluindo os anos com maior mortalidade durante a pandemia (2020 e 2021).

Segundo o IBGE, em 2023 a expectativa de vida continuará a crescer, recuperando as perdas durante a pandemia. Em relação aos sexos, as mulheres têm uma expectativa de 79 anos, abaixo dos 80,1 de 2019, enquanto a dos homens é de 72 anos, inferior aos 73,1 de 2019.

A probabilidade de morte do recém-nascido, registrada em 2022, ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, acima dos 11,94 de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), e entre as mulheres, 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).

Ouça a nota da repórter Clara dos Anjos clicando no play acima.