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Cultura

Coletivo Blogueiras Negras inaugura exposição no Museu da Abolição nesta quinta


Por: REDAÇÃO Portal

A mostra gratuita sobre mulheres negras, arte e movimentos sociais ficará em exibição até 13 de maio

12/03/2025
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A mostra gratuita sobre mulheres negras, arte e movimentos sociais ficará em exibição até 13 de maio

Foto: Obra Aya/Manivus

O Coletivo Blogueiras Negras inaugura nesta quinta-feira (13), às 19h, no Museu da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife, a exposição Reflexos da Dignidade, Mulheres Negras e Bem Viver - com apoio do programa Aliança Negra Pelo Fim da Violência, do Fundo Elas+. A mostra gratuita é coproduzida pelo Mandume Cultural, e traz um recorte sobre o papel das mulheres negras na interseção entre arte, comunicação e movimentos sociais, diante da construção de novos imaginários para o bem viver.

Uma das curadoras da exposição, Isabelle Ferreira conta que o trabalho é fruto de três anos de criações no projeto Aliança Negra: A Outra Face da Violência, desenvolvido pelo coletivo. A principal referência foi o estudo “Imaginando o Futuro: Artes, Comunicação e Movimentos Sociais na Re-Criação de Imaginários”, conduzido pela pesquisadora e jornalista pernambucana Mariana Reis.

“A gente faz um levantamento histórico onde é pensado o intercruzo entre arte e comunicação e movimentos sociais. Com isso, nesse embasamento de pesquisa, a exposição Reflexos da Dignidade, Mulheres Negras e Bem-Viver surge pensando nas recepções de memória, cuidado, dignidade e afeto para toda a população negra”, relata. 

Foto: Coletiva Presentes Futuras/Guilherme Fernandes

10 organizações sociais fizeram parte do processo inicial de pesquisa, resultando na escolha de 13 trabalhos produzidos por cinco artistas. 

“Os 13 trabalhos escolhidos perpassam o trabalho de cinco artistas que vão desde a colagem até as fotografias, trazendo perspectivas negras sobre o que é essa prática cotidiana da população negra que perpassa o bem-viver. Esse bem-viver que muitas vezes nem sequer é pensado ou lembrado a partir dos nossos corpos, mas que a partir de práticas ancestrais a gente reivindica cotidianamente esse bem-viver dentro das nossas comunidades", reforçou Isabelle Ferreira

Ao fim, uma constatação: para enfrentar a violência racial é preciso desafiá-la nos campos simbólico, imagético e discursivo, sob o olhar do passado, do presente e do futuro. A mostra Reflexos da Dignidade, Mulheres Negras e Bem Viver ficará em exposição no Museu da Abolição até o dia 13 de maio, ainda contando com a promoção de outras atividades.

Ficha técnica

Com curadoria assinada pelo comunicador, especialista em economia criativa e pesquisador de memória negra Wellington Silva, e cocurada pelos historiadores Isabelle Ferreira (UFPE/UFF), Samuel Santana (UFPE) e pelo diretor de arte Sandir Costa (UFRPE), a exposição apresenta 13 obras visuais de cinco artistas brasileiras: Maiana Oliveira (Bahia), Mavinus (Pernambuco), Priscila Ferraz (Pernambuco), Yane Mendes (Pernambuco) e a Coletiva Presentes Futuras (Brasil). 

A exposição também contará peças do Acervo de Cultura Material Africana do Museu da Abolição, instalações e diversos outros conteúdos que ampliam o olhar do público sobre as temáticas apresentadas. Outras informações podem ser conferidas nas redes sociais do Coletivo Blogueiras Negras (@blogueirasnegras) e nas redes do Museu da Abolição (@museuabolicao).

Sobre o Coletivo Blogueiras Negras

O Coletivo Blogueiras Negras foi criado em 2012 por Charô Nunes e Larissa Santiago, como resultado da Blogagem Coletiva da Mulher Negra, que visava questionar a falta de representações de mulheres negras na internet, especialmente em datas como o Dia da Consciência Negra e o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres.

Com 13 anos de história, o coletivo se consolidou como uma organização que articula ações em tecnologia, mobilização social e comunicação, fortalecendo a escrita e as trajetórias de mulheres negras no Brasil. Atualmente, conta com uma rede de 400 autoras e mais de 2500 textos publicados. Sua missão é inspirar mulheres negras a contar suas próprias histórias, utilizando a livre expressão de pensamento para combater discursos discriminatórios e promover a autonomia feminina.

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