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Caso Miguel: pena de Sarí Corte Real é reduzida para sete anos de reclusão

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Por: REDAÇÃO Portal

A audiência foi resultado do julgamento de recursos de apelação no processo

08/11/2023
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A audiência foi resultado do julgamento de recursos de apelação no processo

Foto: Ana Júlia Duarte/CBN Recife

O Tribunal de Justiça de Pernambuco reduziu de oito anos e seis meses de reclusão para sete anos em regime fechado, a pena aplicada a Sarí Corte Real pela morte de Miguel Otávio, de 5 anos, que caiu do 9º andar de um prédio no Recife, em junho de 2020. A ré responde pelo crime de abandono de incapaz com resultado em morte. 

A audiência foi resultado do julgamento de recursos de apelação no processo. A defesa pedia a anulação da condenação de Sarí, sob o argumento de que não houve crime. Já a família de Miguel queria o aumento da pena. 

Ao todo, três desembargadores votaram. Cláudio Jean Nogueira Virgínio, relator do processo, optou pela manutenção da pena de oito anos e meio. Já a desembargadora Dayse Andrade pediu a redução da pena para 6 anos em regime semiaberto e o desembargador Eudes França optou que a pena fosse reduzida para 7 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ao final, o relator acompanhou o voto de Eudes França, fixando a pena menor. Desde a sentença, em maio de 2022, Sarí Corte Real responde em liberdade.

Sarí não compareceu à audiência e foi representada pelo advogado Pedro Avelino, que afirmou que vai recorrer da decisão para demonstrar a inocência de Sarí. Mirtes Renata, mãe de Miguel, estava acompanhada da avó da criança, Marta Maria, que também trabalhava para a família Corte Real, e da advogada Maria Clara D'Ávila.

Sarí foi apontada como responsável pela morte de Miguel Otávio Santana da Silva, que foi deixado sozinho em um elevador, quando estava sob os “cuidados” da mulher, patroa da mãe do menino, Mirtes Renata, que tinha saído para passear com o cachorro da família a qual prestava serviços.  Após não conseguir tirar Miguel do elevador, Sari apertou botões do equipamento, ao menos cinco vezes, e deixou o menino sozinho. Ao chegar na cobertura, o garoto saiu por uma porta corta-fogo, saltou sobre uma janela e subiu em um condensador de ar, que não aguentou o peso da criança e despencou de uma altura de 35 metros. 

Reportagem Ana Júlia Duarte

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