64% das crianças e adolescentes de Pernambuco vivem com privação de direitos básicos
Número é apontado por relatório do Unicef

Foto: Reprodução/TV Globo
O relatório "As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil", produzido pelo Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aponta que 64% das crianças e adolescentes pernambucanos vivem com dificuldade de acesso a direitos básicos, como alimentação, educação, moradia, água, saneamento, informação; além de exposição ao trabalho infantil.
O dado é referente ao ano de 2023 e apresenta redução em relação ao ano de 2019, quando o último levantamento havia mostrado que 69,8% das crianças e adolescentes de 0 a 17 anos viviam com privação de direitos. Ainda que os índices sejam altos, no Nordeste, Pernambuco é o estado com a menor porcentagem. A pior situação está no Piauí, com 90,6%.
A chefe de Políticas Sociais do UNICEF no Brasil, Liliana Chopitea, fala que a pobreza na infância afeta diferentes dimensões.
“Ela é resultado da relação entre privações, exclusões e vulnerabilidades que comprometem o bem-estar de meninas e meninos. Crianças e adolescentes precisam ter todos os seus direitos garantidos de forma conjunta, já que os direitos humanos são indivisíveis”, afirma.
Saneamento, privação de água, más condições de moradia e acesso à informação são os principais direitos violados às crianças e adolescentes pernambucanos. Em todo o Brasil, em 2023, cerca de 28,8 milhões de pessoas entre 0 e 17 anos foram afetadas pela pobreza multidimensional. Os dados apontam tendência de queda, especialmente pela ampliação de políticas afirmativas, como o Programa Bolsa Família.
"Há sinais positivos importantes, como a diminuição da pobreza infantil monetária. Isso é um claro reflexo da expansão do Bolsa Família, e dos investimentos na recuperação da infraestrutura da Assistência Social local que executa tal política. Há também intentos louváveis na linha do incentivo à intersetorialidade e da transversalidade, como a Agenda Transversal Criança e Adolescente do PPA federal, algo que ainda precisa ser adotado por estados e municípios”, assegura Liliana Chopitea.
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