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Pregando o "Evangelho da morte", Clarissa Tércio espalha fake news na sanha de agradar Bolsonaro


Por: Aldo Vilela

Na última semana, Clarissa Tércio protocolou no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um habeas corpus coletivo solicitando o cancelamento do rodízio de veículos estabelecido pelo governo de Pernambuco

19/05/2020
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Na última semana, Clarissa Tércio protocolou no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um habeas corpus coletivo solicitando o cancelamento do rodízio de veículos estabelecido pelo governo de Pernambuco

Foto: Divulgação

Na sua ânsia de tentar de agradar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) vem adotando uma postura, no mínimo, questionável no que tange ao combate ao novo coronavírus em Pernambuco. Em sua atuação parlamentar e nas redes sociais, ela vem pregando um verdadeiro "Evangelho da morte", espalhando fake news, amplificando o discurso negacionista sobre o vírus, além de defender abertamente o uso de um medicamento sem comprovação científica para tratamento do Covid-19 e que pode pôr em risco a vida das pessoas. A última polêmica protagonizada pela oposicionista foi uma ação contra o rodízio de veículos, medida que revelou-se eficiente no mundo.

Na última semana, Clarissa Tércio protocolou no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um habeas corpus coletivo solicitando o cancelamento do rodízio de veículos estabelecido pelo governo de Pernambuco. O que salta aos olhos analisando o desempenho da deputada no combate ao coronavírus é que, para além dos posicionamentos histéricos e alarmistas, de resto, não sobra produção parlamentar que justifique uma ação efetiva em defesa dos pernambucanos. Pelo contrário. A parlamentar tem utilizado verba pública para promover campanhas de difamação e desinformação nas redes sociais, estimulando a população a não cumprir as determinações do Executivo estadual, pondo em xeque toda uma estratégia de contenção do vírus no Estado.

O posicionamento contra o isolamento horizontal, aliada a defesa ferrenha do uso de Hidroxicloroquina, coloca a deputada oposicionista na ala dos "defensores da morte" e na contramão da História. Pesquisas realizadas em todo mundo e medidas adotadas pelos principais países, inclusive nos Estados Unidos, apontam que o isolamento social é a principal estratégia para conter a propagação do Covid-19. E que a medicação "abençoada" pelo presidente Jair Bolsonaro não se mostrou suficiente segura para ser administrada nos tratamentos do coronavírus. Nos pacientes com mais de 60 anos, por exemplo, o remédio tem-se revelado perigoso, causando uma série de complicações cardiológicas e outras patologias que podem levar à morte.

O que chama a atenção é que, apesar de tentar defender o discurso de "patriota brasileira", a deputada Clarissa Tércio não comenta sobre as movimentações do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Federal (MPF) a respeito da Rádio Novas de Paz, controlada pelo Pastor Francisco Tércio, chefe do clã Tércio em Jaboatão dos Guararapes. Os órgãos de fiscalização, provocados pelo vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) e 12 organizações sociais, estão investigando suposto uso de concessão pública para propagar fake News e desestimular a população a seguir as normas de isolamento social. O silêncio da parlamentar é ensurdecedor e denota que o seu foco não é cuidar das pessoas, mas sim querer emplacar o marido, o pastor Júnior Tércio (PSC), na Câmara do Recife. Ou seja: a “social cristã” politiza a Palavra Sagrada politizando para lhe render frutos eleitoreiros. É a velha política brasileira, a política do atraso.

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