Hely Ferreira: Nova fase senil
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“Se te cortei da minha vida, provavelmente, foste tu quem me deu a tesoura...” (Anônimo).
Em ano eleitoral, já virou jargão entre boa parte dos candidatos, afirmarem que rejeitam ao que costumam chamar de velha política. Para tanto, se apresentam como o novo. Acontece que parte deles, representam os clãs que nunca deixaram as entranhas do poder. Travestem-se de novo, mas representam o que há de mais retrógrado e senil na história política nacional.
Alguns clãs, vivem exclusivamente da vida pública. Entendem que o exercício do mandato é uma profissão, ao ponto de querer comparar profissões liberais com mandato público. Infelizmente, o quadro político brasileiro ainda vive das velhas oligarquias, que se sentem incomodadas quando o tema é lembrado. Mas se realmente não mais existem, observem as cidades interioranas. Quanto mais distantes estejam das capitais, percebe-se o controle político da mesma, em que o alcunhado de chefe político, praticamente determina o destino da cidade. E todo aquele que resolve se posicionar de maneira antagônica, seu destino no mínimo será o anonimato. Ainda bem que embora de maneira ainda muito lenta, estamos assistindo à independência de alguns logradouros. Não significa dizer que o mandonismo desapareceu, mas que é possível acreditar na boa nova, tornando-se possível vislumbrar o surgimento de novos líderes que tentam romper com todo vestígio de atraso que insiste em sobreviver nas cidades brasileiras.
Para aqueles que acreditam que não mais existe o velho poder local, basta observar as pré-candidaturas postas ao governo de Pernambuco e verá que são os mesmos grupos disputando o poder.
Olinda, 21 de abril de 2022.
Hely Ferreira - cientista político.
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