Eduardo Carvalho: Os 300 Mil e o Brasil
Foto: Cortesia/Whatsapp
É hora de alguém, numa boa, chegar bem perto e bater um papo com a Primeira-Dama eleita, Dona Janja: “Menos, Janja”. Não fosse cafona e cretino ter-si-ficado ao lado do presidente eleito, passando-retirando-guardando as folhas do discurso lido pelo Inácio - Quê ?!?!?!?!? - chegando às lágrimas a cada frase dita pelo companheiro – Quê ?!?!?!?!? - e balançando a cabeça de forma assertiva - Quê !?!?!?!?!? - diante do que era falado pelo maridão, D. Janja tomou conta da festa, e espera 300mil por ocasião da posse do novo presidente. Sim. E Ela também já disse que o Rolls-Royce tem problemas mecânicos, talvez não possa ser usado no desfile.
Há muito o que comemorar quando se vence uma batalha e, mais ainda, quando se derrota um governo intestinamente autoritário, nitidamente obscurantista, que desdenhava da ciência, garroteava a cultura, desprezava a educação, e usava de obnubilantes pré-visões pseudas&religiosas para engordar as almas e mais fácil tanger o seu rebanho. Dai a se pretender e estimular uma festa com 300mil – haverá talheres suficientes? - não parece razoável, portanto recomendável no Agora. Dona Janja parece entusiasmada por de-mais. Pode até ser natural. Mas, não parece aconselhável.
Longe de mim estragar prazeres. Sem eles, tão ilusórios, tão escassos, tão efêmeros, difíceis de tê-los, Quê seria a-da Vida? Sem eles, de nenhuma valia a luta inglória, de Pirro, por si-viver. E é preciso viver em-si-vi-ven-do-em-si. Mas é preciso conter os apetites do casal Dionísio e Afrodite, que habita em cada um de nós. Dizem, faz tempo, que o prazer e a felicidade residem na moderação, na parcimônia dos desejos.
Sabendo da tal “Festa dos 300 Mil”, lembrei do adágio que fala da mulher do César: “Não basta ser honesta. Tem de parecer honesta”. E Brasília tem de estar atenta à linha fina e singela que separa a felicidade do deslumbre. Porquê Nada e absolutamente nada de fundamental, de essencial, mudou, e nem, ao que parece, há de mudar. Sim.
“Tudo deve mudar, para que tudo fique como está” – in, Lampedusa. Os acertos firmados pelo Inácio para o fim de garantir sua vitória nas urnas são motivos suficientes para se fazer uma posse alegre, porém bastante sóbria, sem escarcéus, sem girândolas, e poucos artifícios – se é que sobrou algum. O Brasil atravessa delicadíssimo momento econômico-financeiro, milhões estão desempregados ou no subemprego, a educação e a saúde estão de pires nas mãos, e o cenário político... não vai nada bem. Eles são os mesmos.
O Inácio tem plena consciência de que o problema do porre é a ressaca.
Vocês assistiram ao “Alice e o Prefeito”?
Eduardo Romero Marques de Carvalho – advogado
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